A POESIA
CONTEMPORÂNEA
Augusto de Campos
produziu.
Já o Metassoneto
ou o computador
irritado, foi proposto
por José Paulo
Paes.
abba
baab
cdc
dcc
[...]
Blablablablablablablablablablablablablablabla
Que coisa,
esta!
Quem botou
esta criatura no
mundo foi Murilo
Mendes. A pergunta
é: é uma
poesia? Ou simplesmente
o estranho de
uma conjuntura de
palavras sem eira-nem-beira? Acho
que é mais
um exercício de
um escriba qualquer
para não esquecer
as palavras que
pode vir a
usar um dia.
Não vejo uma noção de
conjunto, de significação
para que se efetive
uma compreensão do que o
autor quis deixar
para os pósteros.
O
Metassoneto acima exposto,
não tem som,
não tem cor,
é inodoro e
insípido. E o que
falar de LIXO com luxo. Talvez pela
velocidade da vida
que passa ao
lado, ou pelas novas tecnologias
que chegam e fazem
aposentar a
velha Olivetti num
canto, pela fragmentação e inexatidão
das relações que
nascem e logo
se estilhaçam como
uma taça que
vai ao chão, influenciados
pelos ventos da
Europa ( e muitos movimentos
europeus influenciaram as
letras e as
artes em geral
no Brasil ), os autores contemporâneos passaram
a desenvolver uma
poesia fragmentada e, muitas
vezes, simples ajuntamento
de palavras carregadas
de nenhum significado.
Talvez até tenham
as poesias um
significado para eles,
autores, que estão
imersos em um
mundo pautado pela
estranheza dos fatos e
das coisas que
se corroem com
o tempo que
passa rapidamente sobre (
ou sob )
as suas vidas.
Desta forma,
na época que
vigora, uma palavra
e uma figura
qualquer num papel
pode ser declarada
como uma poesia,
uma obra de
arte. Agora palavras
são criadas do
nada, textos são
escritos com uma
frase. As tendências
surgem influenciadas por
movimentos aleatórios: os
ismos são tantos.
Concretismo, vanguardismo, comunismo,
totalitarismo, socialismo. E
os artistas vão
em busca das
tendências. E as
tendências agradam a
uns e desagradam
a outros. Assim
vejo a poesia
dos tempos atuais:
fragmentada, despedaçada, desesperada.
Monte
Ponte
Fonte
Horizonte
Fonte
Ponte
Monte
O que
eu entendi de
Grunewald nesta criatura?
Ele talvez estivesse
vendo, da janela de
seu apartamento um
monte, uma ponte,
o horizonte. A
fonte ele somente
intuía. Acho que
ele tresvalia, está em
estado de desocupação
da mente, naquele
momento. Tudo vai
e vem. É
poesia, talvez. Pela
sonoridade das palavras,
talvez.
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