A TÍTULO
DE BIOGRAFIA
PEDRO FERREIRA
DE ASSIS
Não
é a morte física que faz desaparecer o homem do cenário do mundo; o que líquida
a memória da gente é o desprezo da humanidade. Os feitos nobilitantes e as virtudes do justo
imortalizam o nome daquele que se foi para a eternidade.
Pedro Ferreira de Assis não podia deixar
de ser incluído entre figuras que se perpetuarão na história do Ceará. Nasceu na cidade de Ibiapina, na velha
Ibiapina, aos 4 dias do mês de outubro de 1881, em berço humilde, embora tenha
sangue nobre. Dotado de inteligência
rara e perspicaz, muito cedo conquista os caminhos do mundo. Aprendeu a ler e
escrever por conta própria, estudou sozinho o quanto pode e, nessa condição de
autodidata, foi muito mais longe do que dele se poderia esperar. Como operário
plantou roçados, cultivou cafezais e canaviais manejando o duro cabo da enxada
e foice até fazer o seu “pé de meia” e daí lhe foi mais fácil reunir maiores
economias e tornar - se grande proprietário agrícola. Continuou estudando,
pesquisando e lendo obras importantes de autores nacionais e estrangeiros, até
adquirir conhecimentos gerais de quase todas as ciências em voga.
Publicou catorze livros diversos de poesia, romance, sociologia, geografia
etc. Pronunciou conferências, organizou mapas geográficos da região recebendo
prêmios do Instituto Geográfico Brasileiro. Escreveu, ainda, crônicas e artigos focalizando problemas
vitais do Ceará. A sua última produção literária constou de um discurso que
redigiu às vésperas da inauguração do
teleférico da Gruta de Ubajara, mas não chegou a pronunciá-lo, como estava
programado, porque a viagem derradeira, que é a da eternidade, teve de ser
feita antes da solenidade dos festejos mencionados.
Foi um lutador pelo progresso da nossa esquecida e desprezada Ibiapaba, terra a qual devotou todo seu amor
do seu imenso coração de patriota sem mácula. A gruta de Ubajara foi por ele
devassada e estudada minuciosamente. No interior da imensa e misteriosa caverna,
o escritor e jornalista Pedro Ferreira de Assis armou uma tenda de trabalho e
ali se demorou quase uma semana, acolitado por ajudantes e operários,
realizando estudos e perquirições importantes, às suas próprias expensas. Escreveu um mapa cuidadoso de todas as
dependências da Gruta de Ubajara, proporcionando um contribuição
valiosa à divulgação da maior atração turística do Norte e Nordeste do Brasil.
Da cidade de Ibiapina, onde nasceu e progredira, tanto econômica como politicamente, tendo sido eleito cinco vezes prefeito da cidade, o escritor e estudioso Pedro Ferreira de Assis transferiu-se em 1940 para a vizinha encantadora “Princesa da Serra”, o berço de Magalhães Junior. Para a acolhedora Ubajara não levar apenas a família e a bagagem, além dos recursos que já eram vultosos, mas, sobretudo, o seu generoso coração. Com a sua proverbial cordialidade e espírito comunicativo e amigo, Pedro Ferreira de Assis tornou-se um dos maiores ubajarenses pela simpatia que devotava á terra e pela consideração que dispensava a todo mundo. Na cidade que acolhera para viver e gozar da tranqüilidade ao lado da família recebeu de Deus, após 35 anos, o chamado para a última tarefa do além. E partiu como um justo, no dia 3 de agosto de 1975, há um ano, portanto. Todos sentimos a perda irreparável do grande Ibiapabano que foi o escritor, poeta e jornalista Pedro Ferreira de Assis, um dos maiores e mais ricos patrimônios culturais de Ibiapaba, dos últimos tempos, um líder que lutava e se empenhava pelo desenvolvimento da terra cearense, um político que desfraldava uma bandeira limpa e intrépida em prol das reivindicações prementes da Serra Grande; enfim, um homem honrado, pai de família exemplar e cidadão querido e respeitável que dignificava a espécie humana e engrandecia a cultura alencarina com o gênio de um autodidata como bem poucos, inteligente, estrênuo e prolífico.
Os seus restos mortais repousam para sempre na cidade de Ibiapina, sua terra natal, mas o seu nome imortalizado de homem de letras sobrevive e esplende em todo o Ceará.
Da cidade de Ibiapina, onde nasceu e progredira, tanto econômica como politicamente, tendo sido eleito cinco vezes prefeito da cidade, o escritor e estudioso Pedro Ferreira de Assis transferiu-se em 1940 para a vizinha encantadora “Princesa da Serra”, o berço de Magalhães Junior. Para a acolhedora Ubajara não levar apenas a família e a bagagem, além dos recursos que já eram vultosos, mas, sobretudo, o seu generoso coração. Com a sua proverbial cordialidade e espírito comunicativo e amigo, Pedro Ferreira de Assis tornou-se um dos maiores ubajarenses pela simpatia que devotava á terra e pela consideração que dispensava a todo mundo. Na cidade que acolhera para viver e gozar da tranqüilidade ao lado da família recebeu de Deus, após 35 anos, o chamado para a última tarefa do além. E partiu como um justo, no dia 3 de agosto de 1975, há um ano, portanto. Todos sentimos a perda irreparável do grande Ibiapabano que foi o escritor, poeta e jornalista Pedro Ferreira de Assis, um dos maiores e mais ricos patrimônios culturais de Ibiapaba, dos últimos tempos, um líder que lutava e se empenhava pelo desenvolvimento da terra cearense, um político que desfraldava uma bandeira limpa e intrépida em prol das reivindicações prementes da Serra Grande; enfim, um homem honrado, pai de família exemplar e cidadão querido e respeitável que dignificava a espécie humana e engrandecia a cultura alencarina com o gênio de um autodidata como bem poucos, inteligente, estrênuo e prolífico.
Os seus restos mortais repousam para sempre na cidade de Ibiapina, sua terra natal, mas o seu nome imortalizado de homem de letras sobrevive e esplende em todo o Ceará.
Escrito por Eufrásio Oliveira
JORNAL CORREIO DO CEARÁ
09/08/1976 – PÁGINA 04 in Ibiapina News, 6 agosto de 2014.
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