Lágrima Negra
Aperto fortemente a pena ingrata
entre os dedos nervosos e trementes,
e os versos jorram, claros e estridentes,
n'uma cascata, n'uma catarata!
Escrevo, e canto cânticos ardentes,
enquanto dos meus olhos se desata
uma fiada de lágrimas de prata
como um colar de pérolas pendentes...
Eu canto o sofrimento, a ânsia incontida
de amor, que é a maior ânsia desta vida,
- a vida a que a humanidade se condena!
E todo o meu sofrer, todo, se pinta
n'este pingo de dor-- pingo de tinta,
lágrima negra que me cai da pena.
entre os dedos nervosos e trementes,
e os versos jorram, claros e estridentes,
n'uma cascata, n'uma catarata!
Escrevo, e canto cânticos ardentes,
enquanto dos meus olhos se desata
uma fiada de lágrimas de prata
como um colar de pérolas pendentes...
Eu canto o sofrimento, a ânsia incontida
de amor, que é a maior ânsia desta vida,
- a vida a que a humanidade se condena!
E todo o meu sofrer, todo, se pinta
n'este pingo de dor-- pingo de tinta,
lágrima negra que me cai da pena.
(Dante Milano)
Ainda um verso de Dante Milano, nestes tempos cinza e cruéis de virus chines.
"Cai a tinta da treva sobre o mundo".
Dante Milano escreveu o livro "Poesias e Prosa" .
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