ÕCA VAIDADE
A lua
de prata,
Mansamente orgulhosa,
Caiu sobre
a negrura da
noite,
Engravidando – a de
densa luz,
Na madrugada
silenciosa.
Na rua,
Perambulam somente
os cães
rejeitados
Ou os
gatos namoradores,
Que espreitam
nos telhados,
apaixonados.
Mas a
lua, impassível,
Impera no
céu, mandando e
desmandando:
Governa, sem
sombra de dúvidas.
E os seres
humanos
Inflados de
sua própria hipocrisia
Se digladiam
na busca
Incessante da
saciedade de suas
vaidades mundanas.
Vaidades humanas
que de nada
servem:
Dinheiro, muito
ouro, prazeres exacerbados,
Não trazem
a felicidade.
E, quando
for tirado o
bilhete da grande
viagem,
Saibamos todos,
Nada levaremos.
Tudo se
esvai,
como areia
no deserto quente:
O ouro será
quebrado em muitas
partes
Por aqueles
que, para merecer,
pouco fizeram.
Mas dilapidarão
tudo,
sem
pena
e nem um
mísero pingo de dó.
Enquanto isso,
imparcial,
Lá estará
a lua.
Por MeCosta
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