SÓ LEMBRANÇA!!!!!
Por
anos das décadas
de 960/70, Ubajara
foi bem representado
nos campos de
futebol do estado
do Ceará. Em
1961 ocorreu a
fundação da agremiação
Ubajara Esporte Clube,
que tinha como
presidente José Parente
da Costa.
Muitos jogadores
bons passaram por
Ubajara. Era o
tempo da bola
e da chuteira
de couro bruto.
Brutos também eram
os chamados “biscoitos”
das chuteiras. Os
campos de futebol
do interior não
se diferenciavam. Eram
os campos de
peladas. Mas a
alegria era sem
tamanho quando, no
domingo, tinha jogo. Ainda
me lembro do
campo que existiu
no local onde
hoje está a fábrica
da Marasuco. Era
todo cercado de
palha de palmeira.
Lembro também que, sem dinheiro,
eu ia brechar pelos
buracos na palha.
Às vezes, liberada a
entrada, lá ia
eu ver o
restante da partida.
Depois, também joguei,
mas não chegava
aos chinelos, melhor
dizendo: às chuteiras,
da grande maioria dos
citados.
De 70 e
por ai... Falando dos
jogadores, vejamos quem
deu sua contribuição
por vários anos
ao esporte, participando
do elenco do
Ubajara Esporte Clube,
sem estabelecer parâmetro
de idade: Zequinha Gabriel,
irmão do Paulo, também
Gabriel, Nego Flor,
que foi pai
de bons jogadores,
Valdemar dos Anjos,
Valdemar da Diolinda, pai
do agilíssimo goleiro Francimar, dr. Guido
Furtado Pinto, Antonio
Pinto, Chico Flor,
Afonso Lima, Pote,
Deodato, centroavante do
Frechal, Zé Alves,
Tarcísio Dêga, Manuel
Xereréu, Raimundo Garapa,
conhecido Raimundão, Luizim
Francelino, goleiro, Burdão,
Lacrau e Barrãozim,
que eram de
Sobral, Prexede, Lagoa
que vinha do Piauí, Zé
Barroso e Ze
Grosso, da Granja,
Nonatim, e Sapim
da Moitinga, meus
amigos, Carlos Evandro,
Goleiro, Fernando, Tozim,
Raimundo Lima, mais
conhecido como Firá,
que era tio
de Afonso ( já citado ),
França Ventão, Zé Maria
Flor, Sapato, Ferreirinha,
Popó, Dim, o
goleiro Caceteiro, Helder Dantas
e Cafofa. Fechando
o grupo, mas
no comando, na
beira do campo,
tinha o velho
Caxica. E, por
muitos anos, o massagista
se chamava Expedito
Merença...
Dourtor Nabuco,
dentista, irmão de
Domício Pereira, foi
presidente do Ubajara
Esporte Clube, quando
a equipe foi
Vice Campeâ do
Estado, em jogo
disputado contra Quixadá.
Mais recentemente,
muitos outros nomes
se destacaram e
devem ser lembrados: Djalmir,
filho de Djalma
Lima, Xaninha, Edmilson Moreira ( vulgo Gafieira), Louro do Zé Biraca,
os irmãos Silvino,
Luiz e Manoel, guarda
metas, Raimundo Silva, frangueiro,
que também tinha
predileção por guardar
a redonda debaixo
dos três paus. Quase
ia esquecendo: vale anotar também
os nomes de
Zé Maria Sapo,
centroavante rompedor, Zé
Maria do Mundim e
Zezé, irmão de
Nonatim, com quem
ainda tive o
prazer de jogar
em início de
atividades.
Também merecem destaque Zé
Maria Catita e
irmão Carlos Alberto,
Pelé, que, na
verdade, é Vicente. Pelé porquê?
Porque “o nego
era liso”, centroavante
matador, esperto, cabeceava
de olhos abertos. Zé
Maria Eufrásio também
figura nesta lista,
pois, conforme soube,
jogava muita bola,
mas há uma
história nebulosa sobre
a sua personalidade
que não vale
aqui expor.
Ressalto ainda
que o Garrincha,
da família Felix,
de Monte Castelo,
também fazia bom
jogo e, quando
estávamos no mesmo
time, matávamos os
adversários que, com
medo de perderem
para nós, sempre
procuravam nos separar. Assim foi
também com Carlim
Muleque e Jorge
Alberi, ambos de
Cajueiro de Jaburuna,
com quem muito
gostei de fazer
duplas. Passaram por
aqui, no comando
de nossas equipes,
o sargento Vaz
e o comissário
Cassiano que me
deu uma boa
lição. E conto
como foi.
Foi mais
ou menos assim:
O time do
Operário, de Manoel
da Caçamba e
de Luiz, irmãos,
tinha se esvaziado.
Estava bem pertinho
de se desmanchar
por completo, por
maus resultados. Passados
alguns dias, o
grupo fez uma
reunião. E me fizeram
o convite para
reagruparmos todo mundo.
Tudo bem, fiz
algumas exigências e,
voltamos. Marcaram uma
partida contra uma
equipe de Tiangua.
Este jogo aconteceu
no “campo do
Buriti”, bem ali perto
da residência do ora falecido
doutor Wiron. Lembro
que, terminado o
primeiro tempo, que
o Operário perdia
por um gol,
o comissário Cassiano,
responsável técnico da
equipe que eu estava defendendo,
chamou todo os
jogadores - e
a maioria eram os
Vitor: Lista, Rubão,
Alberto, para a beira
do campo. Alguns falaram
coisas quaisquer e,
eu, impensadamente, falei:
sai treinador, entra
treinador e no
final tudo é a mesma
P... Eu estava
chateado, não gostava
de perder... Voltamos
pro jogo. Não
lembro se empatamos
ou perdemos. Antes
de sairmos do
campo, o comissário
Cassiano Chamou todos
novamente e disse:
Fulano ( eu, né) falou
isso e isso
e eu não
concordo, pois da
forma como ele
falou, tanto ele
se considerou uma
P... como me
incluiu também. Assim,
ou ele sai
ou saio eu.
Eu, então, achando
corretas as palavras de
mestre Cassiano, que
muito respeito ( não sei
se ainda é
vivo), e aceitando
meu descuido, afirmei: eu
saio, comissário.
Então,
a lição: quem fala o
que quer ouve
o que não
quer. É por
ai!!!
Tem
mais alguns, dos
quais, outro tempo,
farei referência...
Se
esqueci alguém...Deixo para
outro cronista...
Por
Messias Costa,
com
base em informações
de Afonso Lima
e de Helder
Dantas.
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