UMA PEQUENA HISTÓRIA REAL
BARQUEIRO ABANDONOU
O BARCO!!
“ SE QUER AJUDAR,
AJUDE! MAS NÃO ATRAPALHE”.
Num sábado
recente, dia bonito, juntamos
um grupo de
amigos e, cedinho,
fomos até a
localidade de Aprazível,
no sertão de
Sobral. Fomos pescar,
mais precisamente. Lá
chegando, cada um
com as suas
responsabilidades, tomou o
seu caminho. Alguns
ficaram na cozinha
para aprontar o
arroz com toucinho
e carne de
porco. O meu
objetivo era mesmo
botar a minhoca
na água! Arrumada
a tralha da
pesca, o pessoal
começou a se
dispersar.
O
pequeno açude é
particular. Pertence à
família do advogado
falecido dr. Evilásio.
No local há
um pescador chamado
Grilo. Ele mantém
um barco que
utiliza para se
locomover quando sai
para a pesca
para o consumo
próprio. Em determinado
momento, o pescador
seu Chagas Basílio, com
o amigo Raimundo
Hilário, se preparavam
para se acomodarem
no barco visando
atravessar para ponto
mais distante para
pescar. Raimundim
então se aproximou
e disse que
também iria no
barco. Claro que
eu também me
manifestei interessado em
usar o barco
para ir até
o outro lado
do açude, em
busca de pontos
que prometiam maiores
possibilidades de encontrar
os peixes.
Seu Chagas
Basílio e Raimundo
Hilário nos esperaram.
Lá fomos nós
quatro no pequeno
barco. A principio,
quem dirigia os
trabalhos era o
Raimundo Hilário, manejando
os dois remos.
E a viagem
estava indo, com
certa dificuldade. Mas
estava indo! Lá
pelas tantas, Raimundim
pede para ajudar.
E aí começa
a confusão. Em
certo momento, em consequencia das
remadas não combinadas,
o barco gira
em sentido contrário ao
rumo traçado. Um
rema mais forte
que o outro
e o barco
não segue no
rumo esperado. E
eu tento acertar
as remadas, juntamente
com seu Chagas
Basílio, falando “é assim,
assim, devagar”. Mas
a dupla que
está nos remos
não se entende.
Raimundim fala que é de
uma forma e
de outra intensidade
a remada. Raimundo
Hilário não acata
a ordem. Tentamos
seguir e não
vemos sucesso. Um
fala daqui, outro dali,
gerando um momento
confuso, sem acordo
e o barco gira em
torno dele mesmo. Ai
acontece uma situação
inesperada. Raimundo Hilário,
o barqueiro principal, chateado
com a falação
e com o
desencontro das remadas
do remador adjunto,
simplesmente, abandona o
remo e o
barco, saltando dentro
dágua e deixando
o grupo sem
rumo. Ficamos preocupados,
mas a profundidade
não era grande
onde ele saltou.
Raimundo Hilário, então, ali
mesmo, com água
no peito, começou a
pescar.
Com dificuldade,
retomamos a viagem
e depois de
muito trabalho, chegamos
a um ponto
que nos deixava
mais ou menos
perto de onde
queríamos ir. Resultado
final: o barco
não foi utilizado
para a volta
e ficou largado
na margem do
açude para o pescador Grilo
ir buscar depois...
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