UBAJARA
- CEARÁ
PARABÉNS
POR SEUS 107 ANOS
De
taipa foi Jacaré
Em
estado de arraial
Foi
destruída por fogo
Com
adobe, outro visual
Só
um povo solidário
Que
viu aquele cenário
Fez
reforma magistral
Ibiapina
lhe queria
Conservar
como distrito
Buscar
a emancipação
Insurgiu
do povo um grito
Veio
antes que se acinze
Mil
novecentos e quinze
Sem
morte ou plebiscito
Não
há um lugar sem nome
Casa
aqui e ali, um arruado
O
tal nome Jacaré
Serviu
até ser povoado
Próspero
e majestoso
Seu
povo ficou vaidoso
Com
Ubajara emancipado
Serra
ao se olhar do sertão
É
um grande e alto rochedo
Em
cima tem Ubajara
Bela
sem nenhum segredo
Subindo
achá-la-á
E
nela encontrará
A
cultura em seu enredo
Ubajara
suntuosa
Sem
igual beleza pura
Encravada
na Ibiapaba
Berço
maior da cultura
Filhos
teus dado as letras
Parecem
sair das gretas
Vultos
da literatura
Cidade
de Ubajara
Do
saber a moradia
Por
que será que teu povo
Tem
sempre que gerar cria
Surgiu
um de conteúdo
Que
ao se debruçar no estudo
Foi
membro da academia
Disse
Oscar Magalhães
Por
ter a sabedoria
“E
por ti nasci poeta”
No
hino José Maria
“Em
palavras de amor”
Em
sua alma o fervor
Encerra
com maestria
No
organizar político
Pergentino
o prefeito
Também
Oscar Magalhães
Por
quatro vezes eleito
Imagine
o bem ao povo
Quando
demorava o novo
Que
cada um deve ter feito
Francisco
Pinto Henry
E
Flávio Ribeiro Lima
Fizeram
trio de prefeitos
Com
Lauremiro de estima
Os
ônibus Cajazeira
Na
loja de Zé Ferreira
Serra
abaixo e serra acima
Senhor
Domício Pereira
Homem
de visão melhor
Um
empresário de peso
Fez-se
industrial maior
Foi
prefeito com apego
Empresas
suas dão emprego
E
ubajarense o suor.
Povoado
Jacaré
Precisava
de um orago
A
crença religiosa
Dá
ao cristão o afago
E
por indulto se doa
Na
fé de que Deus perdoa
Todo
pecado foi pago
Vigários
da paróquia
Inácio
e Otacílio
Domingos
e Moacir
Estes
antes do concílio
Tarcísio
o Monsenhor
Por
Deus grande louvor
Ao
rebanho em auxílio
Pai
adotivo de Cristo
E
querido padroeiro
Sessenta
anos dedicados
Ao
São José carpinteiro
Monsenhor
Tarcísio Melo
Fervoroso
e singelo
Nosso
fiel conselheiro
Antes
na torre da igreja
Ecoou
os alto-falantes
Da
loja “Agencia Miranda”
Com
os sons mais possantes
Cine
Teatro Iveli
Filme,
show, rir, tudo ali
Com
plateias empolgantes
Durante
o dia a luz do Sol
A
fraca luz da caldeira
Surgia
na boca da noite
Gente
sentada em cadeira
Deu
onze, tudo às escuras
Não
se via mais criaturas
Salvo
pai atrás de parteira
Nossa
Senhora de Fátima
Nome
dado ao Patronato
As
irmãs de caridade
Há
na história o relato
No
ginásio São José
O
seu Albertino de fé
Foi
mestre em obra de fato
Ubajara
cobiçada
Tem
Parque Nacional
Com
fauna em matas densas
És
um berço cultural
Linda
por mando de Deus
Felizes
os filhos teus
Nada
em ti é casual
Quando
em visita a gruta
Nada
cai, siga sem medo
Momentos
de reflexões
Nas
entranhas do rochedo
Se
eleve e tenha calma
Encha
de brilho a sua alma
Do
que ao breu há em segredo
São
segredos fascinantes
Que
ao menor sinal de luz
Faz
brilhar o imenso oculto
Que
o espectro reproduz
Por
ladeira ou teleférico
Um
ambiente atmosférico
Montanhês
que nos seduz
Embora
morando longe
Tem-se
noção do dia-a-dia
Coube
ao poeta retratar
Onde
antes foi moradia
Minha
querida Ubajara
Palmeira
também é jara
Tu
me geras alegria
Dados
a prosa e poesia
E
que contam teu encanto
Filhos
teus que vivem longe
Que
deitam sem teu acalanto
De
ti herdaram a arte
Só
sabe alguém que parte
Ti
escrever doutro recanto
21
das 66 estrofes do cordel 2013
Cidade
de Ubajara - Onde o belo e a cultura fizeram moradia
Poeta CHICO OCOSTA
São Paulo, 24/08/2022
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