MUITO.
"QUANDO A GENTE MORRE,
NÃO LEVA NADA"
Alexandre Tomaz, 21 fevereiro de 2025. Apresentação na Câmara de Vereadores de Ubajara.
MUITO.
"QUANDO A GENTE MORRE,
NÃO LEVA NADA"
Alexandre Tomaz, 21 fevereiro de 2025. Apresentação na Câmara de Vereadores de Ubajara.
Tudo dá na mesma!!! Subir é demorado e dificil; mas descer também não é fácil.
Estejamos preparados para a descida, sendo também dificil!
Aqui andei em curtas veredas, mas RECOMENDO para quem quer se intrometer nas bases da linguagem humana, nos arcabouços da estrutura linguistica.
Romance regionalista e também REALISTA. Jose Lins do Rego, pernambucano, conta a história dos homens proprietários de terras e de gentes, que sucumbiram e tiveram suas propriedadesa devassadas, quando se encontraram com a falta das senzalas e dos escravos. Fogo Morto é uma narração de fatos que envolve grande fazendeiros com a labura em seus engenhos de cana, as almas de homens e mulheres que viviam sob o tacão de suas botas e os demaandos da senhora da Casa Grande, imersos todos num ambiente de ruinas de casas e economias.
Também recomendo esta leitura. E até EMPRESTO, mas com DEVOLUÇÃO.
RECOMENDO.
Leia estes trechos da grande obra de Adonias Filho. A obra é de natureza REALISTA.
O autor foi muito feliz ao criar esta obra. Narra o dia a dia de uma família destroçada pelas grosserias promovidas pelos patriarcas donos das vidas humanas que lhes rodeiam. O dono de tudo é Paulino Duarte, o bruto, o louco que maltarta a todos. Recomendo a LEITURA.
Quando li, há muitos anos, fiz esta anotação.
Na BIOGRAFIA de RAIMUNDO EUFRÁSIO OLIVEIRA, postada aqui, este trecho chama a atenção. Ele fala das principais personalidades envolvidas no trabalho visando a EMANCIPAÇÃO DO DISTRITO DE JACARÉ.
EIS o texto
Veio à mente a MÁQUINA de IMPRESSÃO de GUTENBERG, DE 1430
UM É PAI DO OUTRO. Sou do tempo da máquina de escrever e do TELEX. Participei, EM 1991, de um curso de TELETIPISTA no Rio de Janeiro.
Johannes Gutenberg desenvolveu o seu invento por volta do ano de 1430. A máquina de imprensa de Gutenberg contava com uma prancha onde eram dispostos os tipos, ou caracteres, móveis. Esses tipos móveis nada mais eram que símbolos gráficos (letras, números, pontos etc.) moldados em chumbo. Um só molde desses tipos, alimentado com tinta, poderia imprimir inúmeras cópias de um mesmo texto em questão de horas. Se na elaboração manual dos livros (que eram chamados de códex, ou códice), o tempo gasto era enorme; com a imprensa, esse tempo foi amplamente reduzido.
No início do século XVI, os efeitos provocados pela imprensa de Gutenberg já eram perceptíveis nos principados alemães, sobretudo quando, por meio da imprensa, houve a popularização dos panfletos críticos do reformista Martinho Lutero.
Elogios à Criação
.
O Mentor de todo o espetáculo
que a Natureza nos proporciona,
com certeza,
ficou satisfeito
ao concluir o seu trabalho.
“Tu és bom,
e tudo o que fazes é muito bom;
ensina - me os teus decretos! ( Salmos 119:68).
Salomão, quando foi feito rei,
disse querer
apenas sabedoria para governar.
O que tem a ver?
É que tudo o que está criado
é bom e satisfatório.
Veja na rosa a beleza
e a complexidade das cores da rosa.
Há diversidade sem equívocos.
A margarida é branca;
a mangueira dá mangas;
a jaqueira, jacas.
Os seres humanos,
muitas vezes,
não vêem,
a beleza que a todo instante está a lhes rodear.
MeCosta 2016
E o luar cai sobre a mata
Qual a chuva de prata
POEMANDO RADÉSIO SERRANO
UM
No deleite dos cantos maviosos
das graúnas
no alto azul das palmeiras seculares,
eu aprendi
as primorosas lições da psicologia dos pássaros,
Que cantam,
que amam,
alegram, galvanizam;
que lutam,
sofrem, morrem,
mas (mais ) não choram
Não suplicam, nem gemem;
Nisto os fortes,
os santos
e os mártires são semelhantes
às aves canoras do céu.
(mas por mais equivocado, no texto original )
POEMANDO RADÉSIO SERRANO
DOIS
As estridentes cigarras cantadeiras
choravam a saudade do sol
quando morria;
e a natureza encobria
a serra no negro cobertor da noite;
eu aprendi,
assistindo aquele drama,
a esperar
a felicidade do dia de amanhã
e a chorar
a saudade do dia que passou;
nas madrugadas risonhas do verão,
eu era despertado,
feliz e embevecido,
com a alvorada melodiosa
dos bandos de xexéus,
dos sabiás,
das graúnas,
campinas,
canários
e jesus-me-deus,
numa sinfonia que só a natureza mestra
sabe criar ( crianiar?);
ai, eu compreendi que até os infelizes
podem ser felizes por alguns momentos.
Dos, das acrescidas pelo blogger
criar ( crianiar?) equivocado, no texto original
por MeCosta
Em Tempo: os textos ora POEMADOS estão contidos na biografia de Raimundo Eufrásio Oliveira, o RADÉSIO SERRANO, abaixo postado, e que aconselho a leitura, pois de agradáveis teor e forma.
DADOS BIOGRÁFICOS DE RAIMUNDO EUFRÁSIO OLIVEIRA,
ORGANIZADO POR AUGUSTO EUFRÁSIO, MEMBRO DA ACADEMIA UBAJARENSE DE LETRAS E ARTES-AULA.
Raimundo Eufrásio Oliveira
Nasceu em Ubajara-CE, aos 28 de setembro de 1916.
Faleceu em Fortaleza-CE, aos 18 de junho de 1994.
Dados Curriculares, ao longo de sua vida exerceu as seguintes funções:
• Foi funcionário do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, órgão federal, onde dentre outras funções, exerceu o cargo de agente de estatística;
• Foi jornalista e escritor, com a apresentação de vários artigos e crônicas de interesse social, nas páginas da imprensa do Estado do Ceará-CE;
• Foi membro integrante da Associação Cearense de Imprensa;
• Foi Secretário do Centro de Estudos Históricos e Antropológicos do Estado do Ceará;
• Foi Acadêmico de Letras pela Academia de Letras Municipais do Brasil e pela Academia Sobralense de Estudos e Letras.
A BIOGRAFIA E AS RECORDAÇÕES
de RADÉSIO SERRANO
Raimundo Eufrásio Oliveira é natural deste Estado do Ceará, nasceu aos vinte e oito dias do mês de Setembro do ano de 1916, são seus pais Joaquim Eufrásio de Oliveira e Jovina Maria de Jesus Eufrásio.
Seu avô paterno Luiz Eufrásio de Oliveira instalado na Serra do Rosário, Município de Sobral, neste Estado, sofrendo as dores da seca que assolava constantemente as populações regionais, mais ou menos por volta do ano 1888 transferiu-se com a família para a Serra da Ibiapaba, fixaram-se no município de São Benedito, hoje domínio e jurisdição de Ubajara, desde o ano de 1915, quando se criou a nova comarca. Dando início à tradição bem como a história da família Eufrásio de Oliveira, em Ubajara.
A cidade de Ubajara, sempre amada por Raimundo Eufrásio, não foi seu leito de morte, embora que fosse por ele indicado como o ideal lugar para findar os seus dias: sua terra natal. Julgando inconcebível qualquer argumento contrário a essa questão de sua preferência. Raimundo Eufrásio nasceu e viveu até os dez anos de idade no sítio de propriedade dos seus pais que muito cedo partiram para o céu deixando-o órfão prematuramente. “Sob as sombras acolhedoras dos viçosos cafezais que envolviam a casa grande do Carpina, jardim edênico do Pitanga, eu vim ao mundo num dia alegre de setembro”[1].
“No belíssimo cenários verde-esperança dos fartos canaviais farfalhantes da encantadora região da Valentina, eu adorei a natureza majestosa; ali era a nascente do famoso Olho D’Água, de águas cristalinas e tépidas, tão puras, tão convidativas tão perenes como as bênçãos dos céus; as secas o afastaram por muitos anos seguidos, e logo que o meu pai adquiriu aquelas terras, ele retornou como um prodígio de Deus para beneficiar o solo onde eu nasci” [2]
Foi ouvindo as dolentes cantigas das águas da velha cachoeira do rio Pitanga, que Raimundo Eufrásio sentiu as primeiras emoções que energizam a alma do jovem no contato inicial com as maravilhas da terra. “No deleite dos cantos maviosos das graúnas no alto azul das palmeiras seculares, eu aprendi as primorosas lições da psicologia dos pássaros que cantam, que amam, alegram, galvanizam, que lutam, sofrem, morrem, mais não choram, não suplicam, nem gemem; nisto os fortes, os santos e os mártires são semelhantes às aves canoras do céu” [3]
“E nas tardes quentes de verão, dominadas pelo instinto milenar da despedida, as estridentes cigarras cantadeiras choravam a saudades do sol quando morria; e a natureza encobria a serra no negro cobertor da noite; eu aprendi, assistindo aquele drama, a esperar a felicidade do dia de amanhã e a chorar a saudade do dia que passou; nas madrugadas risonhas de verão, eu era despertado, feliz e embevecido, com a alvorada melodiosa dos bandos dos xexéus, sabiás, graúnas, campinas, canários e jesus-meu-deus, numa sinfonia enternecedora que só a natureza mestra sabe craniar; aí, eu compreendi que até os infelizes podem ser felizes por alguns momentos” [4]
“Dos píncaros da colina, a gente avista a cidade; aquela cidade festiva das missas de domingo e das novenas de São José, e a sedutora menina fidalga ávida de amor e estuante de progresso: A PRINCESA DA SERRA, a jóia dourada da Ibiapaba; Nessa cidade eu aprendi na Escola da incomparável mestra Maroca Perdigão Pereira, a cantar o Hino Nacional, a rezar as orações da Primeira Comunhão, a declamar poesias do genial Castro Alves e do Padre Antonio Tomaz, e amar com orgulho a minha pátria; na minha cidade eu aprendi a ler – a glória do menino de engenho; foi a partir dessa época que comecei a me afastar das tarefas comuns de tratar dos bois e coletar os feixes de bagaço de cana para transportar às costas para o pátio da fábrica, etc; dir-se-ia que eu descobriria um mundo novo, mais convidativo, mais progressista e mais humano; eu sabia ler o QUARTO LIVRO de Felisberto de Carvalho, o que para muitos companheiros já representava um diploma de letras” [5]
Raimundo Eufrásio viu e venerou os filhos heroicos da cidade, que lutaram pela independência do município e conquistaram a autonomia política de Ubajara. “conheci o líder do povo Grijalva Costa, jornalista Manuel Miranda, o chefe político Francisco Cavalcante de Paula, o intelectual José de Oliveira Vasconcelos, o comerciante Moisés Bispo de Lima, o abastado Pergentino Costa, o industrial Elpídio Luiz Pereira o poeta Antonio Pereira, o rico comerciante Francisco Bahé de Macêdo, o prefeito Luiz Lopes, o tabelião e professor Antônio Celso de Jordão, tenente Ângelo Fernandes de Sousa, Raimundo Oliveira de Vasconcelos, Francisco Pinto, Flávio Lima, poeta Hemetério Pereira, Lauremiro de Vasconcelos, Francisco Alfredo Cavalcante, José Luiz Pereira, o delegado Maneco, considerado o mais rico proprietário do Município, e muitos outros que engrandeceram o torrão onde nasci”.[6]
Dentre tanto narrado por Raimundo Eufrásio consta pelo mesmo que leu com frenesi os primeiros números da “GAZETA DA SERRA” e de “UBAJARA”, dois semanários que acompanhavam o progresso intelectual da cordilheira, sempre orgulhosa de Clóvis – o pontífice da Jurisprudência no Brasil, e de Farias Brito, considerado até então o mais renomado filósofo brasileiro de todos os tempos, admirou os encantos, belezas e excentricidades da maravilha natural do Norte: a Gruta de Ubajara. “a milenar e portentosa GRUTA DE UBAJARA, com as suas estalactites que marcam o relógio da civilização todos os segundos de cada século, e as estalagmites que formam, pacientemente, as pilastras para a história das pesquisas científicas que ainda não chegaram até nós; e na visita que fiz à Gruta eu assisti um dos mais belos espetáculos que os meus olhos já presenciaram: a indescritível aurora que nos maravilha, quando saídos das trevas da caverna avistamos o raiar do sol esplendoroso e mil vezes mais lindo que nos recepciona lá fora; a Gruta é, na verdade, a maravilha do Norte do Brasil” [7]
Segundo Raimundo Eufrásio a fertilidade do solo, a prodigalidade do clima, a excelência da água, a exuberância das frutas, a magnificência dos panoramas das alturas e a riqueza vegetal, a constância das chuvas, a salubridade do verão serrano, a potencialidade agroindustrial espelhada na cultura secular da cana de açúcar e do café, a perenidade das plantações verdejantes, tudo isso conjugado à hospitalide do coração generoso do povo da sua terra, representa sem duvidas fatores exponenciais de bonança, prosperidade, benesses, conforto, segurança, paz e bem estar que influenciam o desenvolvimento geral da comunidade.
“Ubajara – “PRINCESA DA SERRA”, a minha terra é uma jóia engastada no coração econômico do Ceará; dela se orgulhará sempre o Brasil pelas suas riquezas e belezas naturais, ainda inexploradas, pela grandeza dos seus filhos e pelo futuro glorioso que lhe está reservado no processo de emancipação e desenvolvimento da Nação “[8]
Na progressista cidade berço de Dom José Tupinambá da Frota, a amada terra de Sobral, decorreu grande parte da infância e adolescência de Raimundo Eufrásio, e dessas duas fases douradas guardou-se as mais doces recordações. Quando ali chegou, vindo de Ubajara, para ingressar no Seminário São José, da Betânia, Raimundo Eufrásio percorria então as alamedas ainda sem movimento da maior cidade da zona norte do Estado e do maior centro demográfico e industrial que já conhecera naquela época. A cidade não contava mais do que doze mil habitantes, se muito, tornando-se por base o número de prédios domiciliares e comerciais que não ultrapassava a três mil, segundo seu professor Monsenhor Fortunato Alves Linhares. Sobral era a segunda cidade de Estado, e a mais progressista de todas não obstante o flagrante desenvolvimento do Nordeste brasileiro.
A cidade de sobral segundo Raimundo Eufrásio já era aquele tempo uma cidade orgulhosa de suas grandes tradições da religião, na política, nas letras, nas artes, no comércio, na indústria e pecuária. Muito foi recordado dos tempos vividos na acolhedora “Princesa do Norte”. Foi ali que Raimundo Eufrásio estudou e formou sua mentalidade.
“Orgulho-me hoje de ter tido mestres do maior gabarito como Monsenhor Linhares, Dr. Pimentel Gomes, Dom José Bezerra Coutinho, Padre João França, Monsenhor Agesilau de Aguiar, Monsenhor Aloísio Pinto, Maestro Raimundo Donizetti Gondim, além de outros; Por outro lado, ufano-me de ter sido colega de classe, no Seminário, do saudoso e impoluto Bispo Dom Francisco Expedito Lopes, nome imperecível que ficou na memória de todos os brasileiros como verdadeiro mártir da Fé e apóstolo da Igreja de Cristo, e bem assim do inesquecível astro da inteligência alencarina – acadêmico de Direito, Clodomir de Arruda Coelho, figura impar da intelectualidade jovem, falecido em 1939, o lado desse portentoso intelectual, cursei o ginasial no Colégio Cearense, desta capital, nos idos de 1930/32.” [9]
Raimundo Eufrásio considerava-se devedor a cidade de Sobral, a ponto que por mais que se esforçar-se nunca haveria de retribuir á altura os benefícios, benesses e magnitudes que Sobral havia lhe proporcionado através dos anos de infância e adolescência, ali, por ele vividos. Exaltava também que confessava com satisfação inaudita, que os seus maiores amigos eram de Sobral, se bem que confessava também que os possua em número vantajoso e de qualidade também superior na sua terra-berço Ubajara que segundo o mesmo morava em seu coração.
Eram seus ídolos: “os meus grandes e respeitáveis ídolos são quase todos sobralenses; cito-os, neste ensejo, com a glória e o orgulho de quem procurou sempre honrar e enaltecer os bons, os sábios, os mestres, os justos e os santos; eis os seus nomes imortais: Dom José Tupinambá da Frota, Dom Francisco Expedito Lopes, Monsenhor Fortunato Linhares, Maria Tomásia Figueira Lima, Padre Mororó, Padre Ibiapina, Figueira de Melo, Cordeiro de Andrade e Clodomir de Arruda Coelho, todos de Sobral; Ana Amélia de Jordão, minha madrinha de batismo, Monsenhor Gonçalo Eufrásio de Oliveira e Regina Eufrásio de Oliveira, todos naturais de minha terra natal – Ubajara, e os dois últimos, irmãos queridos e benfeitores incomparáveis deste humilde garatujador.” [10]
De fato muito nos repassou Raimundo Eufrásio, “muito tem a contar de sua infância e adolescência, aquele que guarda do passado as boas recordações” [11] é certeza que suscitaram infindas saudades que se tornaram alento para a vida e conforto para a alma. No ano de 1932, quando por sinal, ocorreu a maior seca do século passado, no Ceará. Foi este o tempo em que a sua adolescência no auge, dava-lhe a expansão dos sentimentos e emoções mais envolventes na convivência com a mocidade alegre e sonhadora. “Cada jovem pretendia conquistar uma namorada, uma menina bonita e atraente que, por acaso, encontrara fortuitamente na missa, na novena ou no passeio costumeiro da Praça São João, ainda sem calçamento, sequer; e logo uma turma de amigos combinava promover uma serenata à fria luz do luar e na quietude acolhedora de uma noite de sonhos e de estrelas” [12]
“Noite alta céu risonho
A quietude é quase um sonho,
E o luar cai sobre a mata
Qual a chuva de prata
De raríssimo esplendor...”
“Esta inesquecível canção – “NOITE DE ESTRELAS” cantada por Vicente Celestino, inspirou centenas de serenatas aos meus colegas de adolescência; Quantas recordações! Hoje, quantas saudades chorando recolhidas no meu peito! Aquelas paixões infantis dourando de esperanças o sacrário em alicerce da Minh ‘alma sonhadora! ”[13]
Raimundo Eufrásio, respeitoso admirador dos grandes intelectuais da sua época, estes, fidalgos de coração, generosos de espírito, e os puros em sua grandeza moral, reunindo estas virtudes, causavam-lhe motivos para por ele serem idolatrados. Na busca de conhecer e se aproximar destes intelectuais que mais tarde se tornaram suas referências, Raimundo Eufrásio já estado já em Fortaleza, capital do estado do Ceará, foi levado e apresentado ao Cenáculo dos intelectuais à Casa Juvenal Galeno, pelo então renomado poeta e consagrado cronista cearense Paulo Aragão. Assim disse Raimundo Eufrásio ao relatar tal acontecimento em sua crônica: VAGALUME ENTRE OS ASTROS, que de forma análoga o mesmo se compara com este dito ser.
“O vagalume estava, afinal, diante de uma estrela, cuja esplendência formidável o cegou por completo: NENZINHA GALENO, gloriosa e magnífica no seu trono de bondade e fulgurância intelectual; apertou ela a mão do vagalume e desejou-lhe boa sorte, como se pudesse ele gozar de uma glória maior do que a do convívio com os astros e estrelas; circunspecto e solene, sentado numa poltrona do cenáculo, o genial poeta SIDNEY NETO, de tantas produções entusiásticas e admiráveis que enriqueceram a literatura cearense; e o vagalume humilde e rastejante não possuiu expressões condignas para cumprimentar sequer mais esse astro alencarino; todavia, sentindo-se o mais venturoso dos insetos do Universo, graças a benevolência sem par do venerável vate PAULO ARAGÃO, despedia-se de Nenzinha Galeno, agradecendo-lhe pela honra insigne de sua comiseração e acolhida tão fraterna e cristã.”[14]
[1] MINHA TERRA TEM PRIMORES, Crônica publicada por Raimundo Eufrásio no CORREIO DO CEARÁ, de 09/11/1972.
[2] MINHA TERRA TEM PRIMORES, Crônica publicada por Raimundo Eufrásio no CORREIO DO CEARÁ, de 09/11/1972.
[3] MINHA TERRA TEM PRIMORES, Crônica publicada por Raimundo Eufrásio no CORREIO DO CEARÁ, de 09/11/1972.
[4] MINHA TERRA TEM PRIMORES, Crônica publicada por Raimundo Eufrásio no CORREIO DO CEARÁ, de 09/11/1972.
[5] MINHA TERRA TEM PRIMORES, Crônica publicada por Raimundo Eufrásio no CORREIO DO CEARÁ, de 09/11/1972.
[6] MINHA TERRA TEM PRIMORES, Crônica publicada por Raimundo Eufrásio no CORREIO DO CEARÁ, de 09/11/1972.
[7] MINHA TERRA TEM PRIMORES, Crônica publicada por Raimundo Eufrásio no CORREIO DO CEARÁ, de 09/11/1972.
[8] MINHA TERRA TEM PRIMORES, Crônica publicada por Raimundo Eufrásio no CORREIO DO CEARÁ, de 09/11/1972.
[9] RECORDAÇÕES DE SOBRAL, Crônica publicada por Raimundo Eufrásio no CORREIO DO CEARÁ, de 29/08/1979.
[10]RECORDAÇÕES DE SOBRAL, Crônica publicada por Raimundo Eufrásio no CORREIO DO CEARÁ, de 29/08/1979.
[11] RECORDAÇÕES DE SOBRAL – II; Crônica publicada por Raimundo Eufrásio no CORREIO DO CEARÁ, de 31/08/1979.
[12]RECORDAÇÕES DE SOBRAL – II; Crônica publicada por Raimundo Eufrásio no CORREIO DO CEARÁ, de 31/08/1979.
[13] RECORDAÇÕES DE SOBRAL – II; Crônica publicada por Raimundo Eufrásio no CORREIO DO CEARÁ, de 31/08/1979.
[14] VAGALUME ENTRE OS ASTROS, crônica publicada por Raimundo Eufrásio Oliveira no CORREIO DO CEARÁ, de 02/10/1972.
Residência localizada na região de Tanguaruna/Bodegas, no município de Tiangua
Este trabalho está exposto em Muro frontal de residência em Ubajara. Há postagem neste blog sobre as exposições nas quais Ivan Cunha participou.
Aqui está a capa do citado
RADIOGRAFIA do quase MORTO. Este blogger fez uma rápida radiografia do citado livro. São várias paginas com erros bobos, grosseiros. O autor ou os autores erraram anotações banais, engoliram nomes, erraram concordância simples. Em 10 páginas, os pesquisadores e escritores erram a utilização da palavra DOTAÇÃO ou DOTAÇÕES usando a palavra LOTAÇÃO ou LOTAÇÕES. Em outra página os autores, copiando, utilizaram a palavra ATRIBULAÇÕES quando a palavra era ATRIBUIÇÕES!!!
Estão ai a seguir algumas páginas contendo as grosserias registradas neste livro que alguns dirão a expressão: FEITO NAS COXAS, pois com muita pressa e A PRESSA É INIMIGA DA PERFEIÇÃO.
LINGUIÇA, QUASE: É um livro que foi enchido com uma série de informações que não TEM serventia QUASE NENHUMA, na prática.
E, pasmem, foi feito com DINHEIRO PÚBLICO!!!
ENGOLINDO NOMES DA HISTÓRIA
DAS ATRIBULAÇÕES do espirito APRESSADO!!
Sem contar que encontrei livros com 2 tamanhos diferentes. Ainda sem contagem, vale lembrar a AUTOPROMOÇÃO dos envolvidos na composição deste livro, no qual poucas informações realmente interessam.
ATÉ CANSEI...
Quo vadis???
Para onde vais?
Que jornada é a tua?
Não sabes. Não sei.
Quo vadis?
Qual é o teu destino?
A cada aurora
Começamos a caminhada,
Sem certeza da orientação:
O caminho a seguir.
Pra que seguir
Se não sabes qual é teu plano a seguir?
Quo vadis?
Qual é teu norte?
Aqui hoje estás;
Minuto rompido no hoje
Já não mais nada és:
Somente poeira ao vento
No relento,
Ao sabor da onda marítima.
O controle dos teus passos
Teu é não.
Os passos continuam indo,
Sem destino,
Quase um autômato.
Quo vadis?
Não sabes para onde vais.
Esta é a única certeza.
O andar sem rumo pela vida.
Sendo que a grande incógnita
Em si mesma,
é a Vida.
por MeCosta
A TÍTULO
DE BIOGRAFIA
PEDRO FERREIRA
DE ASSIS
Não é a morte física que faz
desaparecer o homem do cenário do mundo, o que líquida a memória da gente é o
desprezo da humanidade. Os feitos nobilitantes e as virtudes do justo
imortalizam o nome daquele que se foi para a eternidade. Pedro Ferreira de Assis
não podia de ser incluído entre figuras que se perpetuarão na história do
Ceará. Nasceu na cidade de Ibiapina, na velha Ibiapina, aos 4 dias do mês de
outubro de 1881, em berço humilde, embora tenha sangue nobre. Dotado de
inteligência rara e perspicaz, muito cedo conquista os caminhos do mundo.
Aprendeu a ler e escrever por conta própria, estudou sozinho o quanto pode e,
nessa condição de autodidata, foi muito mais longe do que dele se poderia
esperar. Como operário plantou roçados, cultivou cafezais e canaviais manejando
o duro cabo da enxada e foice até fazer o seu “pé de meia” e daí lhe foi mais
fácil reunir maiores economias e torna-se grande proprietário agrícola.
Continuou estudando, pesquisando e lendo obras importantes de autores nacionais
e estrangeiros, até adquirir conhecimentos gerais de quase todas as ciências em
voga. Publicou catorze livros diversos de poesia, romance, sociologia,
geografia etc. Pronunciou conferências, organizou mapas geográficos da região
recebendo prêmios do Instituto Geográfico Brasileiro, escreveu crônicas e
artigos focalizando problemas vitais do Ceará. A sua última produção literária
constou de um discurso que redigiu ás vésperas da inauguração do teleférico da
Gruta de Ubajara, mas não chegou a pronunciá-lo, como estava programado, porque
a viagem derradeira que é a da eternidade teve de ser feita antes da solenidade
dos festejos mencionados. Foi um lutador pelo progresso da nossa esquecida e
desprezada Ibiapaba, terra á qual devotou todo seu amor do seu imenso coração
de patriota sem mácula. A gruta de Ubajara foi por ele devassada e estudada
minuciosamente. No interior da imensa e misteriosa caverna, o escritor e
jornalista Pedro Ferreira de Assis armou uma tenda de trabalho e ali se demorou
quase uma semana, acolitado por ajudantes e operários, realizando estudos e
perquirições importantes, ás suas próprias expensas. Escreveu um mapa cuidadoso
de todas as dependências da Gruta, proporcionando um contribuição valiosa á
divulgação da maior atração turística do Norte e Nordeste do Brasil.
Da cidade de Ibiapina, onde nasceu e progredira, tanto econômica como
politicamente, tendo sido eleito cinco vezes prefeito da cidade, o escritor e
estudioso Pedro Ferreira de Assis transferiu-se em 1940 para a vizinha
encantadora “Princesa da Serra”, o berço de Magalhães Junior. Para a acolhedora
Ubajara não levar apenas a família e a bagagem, além dos recursos que já eram
vultosos, mas, sobretudo, o seu generoso coração. Com a sua proverbial
cordialidade e espírito comunicativo e amigo, Pedro Ferreira de Assis tornou-se
um dos maiores ubajarenses pela simpatia que devotava á terra e pela
consideração que dispensava a todo mundo. Na cidade que acolhera para viver e
gozar da tranqüilidade ao lado da família recebeu de Deus, após 35 anos, o
chamado para a última tarefa do além. E partiu como um justo, no dia 3 de
agosto de 1975, contando ai 94
anos, portanto. Todos sentimos a perda irreparável do grande Ibiapabano
que foi o escritor, poeta e jornalista Pedro Ferreira de Assis, um dos maiores
e mais ricos patrimônios culturais de Ibiapaba, dos últimos tempos, um líder
que lutava e se empenhava pelo desenvolvimento da terra cearense, um político
que desfraldava uma bandeira limpa e intrépida em prol das reivindicações
prementes da Serra Grande, enfim, um homem honrado, pai de família exemplar e
cidadão querido e respeitável que dignificava a e espécie humana e engrandecia
a cultura alencarina com o gênio de um autodidata como bem poucos, inteligente,
estrênuo e prolífico.
Os seus restos mortais repousam para sempre na cidade de Ibiapina, sua terra
natal, mas o seu nome imortalizado de homem de letras sobrevive e esplende em
todo o Ceará.
Escrito por Eufrásio Oliveira
JORNAL CORREIO DO CEARÁ
09/08/1976 – PÁGINA 04 in Ibiapina
News, 6 agosto de
2014.
MUITO. "QUANDO A GENTE MORRE, NÃO LEVA NADA" Alexandre Tomaz, 21 fevereiro de 2025. Apresentação...