Mas às vezes, não temos tempo de ver ou não queremos ver. Encontrei uma biografia de Raimundo Magalhães Júnior que merece ser vista. Colhi a mesma no Portal da História do Ceará: é o crédito.
Raimundo MAGALHÃES JÚNIOR | |
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Fonte:1001 Cearenses Notáveis - F. Silva Nobre | |
Data de nascimento:12/Dezembro/1902 | |
Raimundo
MAGALHÃES JÚNIOR - Nasceu em Ubajara, 12 de dezembro de 1902, filho de
Raimundo Magalhães e Jovina de Paula Cavalcanti. Fez os primeiros
estudos em Fortaleza, mas, morrendo-lhe a mãe, voltou para sua cidade
natal. Com 16 anos foi morar com um tio em Campos (RJ), onde iniciou-se
no jornalismo (“Folha do Comércio”). Em 1930 transferiu-se para o Rio
de Janeiro e continuou trabalhando na imprensa.
Foi Secretário
de “A Noite ilustrada”. Diretor das revistas “Carioca”, “Vamos Ler” e
“Revista da Semana”. Redator de “A Noite”. Outros periódicos para que
também trabalhou, mantendo colunas semanais assinadas, foram “Folha
Carioca”, “Diário de Notícias” e “A Tribuna”, de Santos (SP). Foi
correspondente no estrangeiro, cobriu a guerra do Chaco, escrevendo
reportagens divulgadas também em jornais do Paraguai e Bolívia. Esteve
nos Estados Unidos, como Assistente Especial de Nelson Rockfeller,
então Coordenador de Assuntos Interamericanos; durante sua permanência
na América do Norte, colaborou no “The New York”, “American Mercury”,
“Pan-American Magazine”, “Theatre Arts” e outras publicações.
Também foi Correspondente da imprensa brasileira em Hollywood e
escritor de legendas de filmes americanos em português. Voltando ao
Brasil, foi Censor Cinematográfico, Técnico de Educação, Professor de
Cultura Histórica e sociológica da Escola de Biblioteconomia e
Documentação da FEFIEG e Diretor do Departamento de História e
Documentação da Prefeitura do antigo Distrito Federal. Ingressou na
política e elegeu-se duas vezes Vereador à Câmara do Distrito Federal.
Participou de congressos internacionais de Direito Autoral em Amsterdam
e Viena e realizou seguidas viagens à Europa. Escreveu em “O Malho”, “A
Esquerda”, “A Batalha”, “A Noite” e “Diário de Notícias”, do qual foi
um dos fundadores : Comendador da Ordem do Mérito Aeronáutico e da
Ordem de São Carlos (da Colômbia).
Agraciado com importantes
prêmios literários: Juca Pato, Brasília de Literatura, Intelectual do
Ano (1975, pela União Brasileira de Escritores) e outros. Membro
efetivo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Membro
correspondente do Instituto do Ceará e do Instituto Histórico e
Geográfico de São Paulo. Presidente da Sociedade Brasileira de Autores
Teatrais. Titular da cadeira n° 34 (patrono: Sousa Caldas) da Academia
Brasileira de Letras. Pesquisador da obra esparsa de Machado de Assis,
reuniu matéria para organizar vários volumes (Contos Recolhidos; Contos
Esquecidos; Contos sem Data; Contos Esparsos; Contos Avulsos; Contos e
Crônicas; Crônicas de Léo, e Diálogos e Reflexões de um Relojoeiro).
Pesquisador
inveterado, publicou também outros volumes sobre o fundador da Academia
Brasileira e diversos escritores; Artur de Azevedo e sua Época; Machado
de Assis Funcionário Público; Machado de Assis Desconhecido; Três
Panfletários do Segundo Reinado; Dom Pedro II e a Condessa de Barral;
.O Capitão dos Andes; Idéias e Imagens de Machado de Assis; O Fabuloso
Patrocínio Filho; Deodoro - A Espada Contra o Império; Poesia e Vida de
Cruz e Sousa; Poesia e Vida de Álvares de Azevedo; Poesia e Vida de
Casimiro de Abreu; Rui - O Homem e o Mito; A Vida Turbulenta de José do
Patrocínio, e outros). Dicionarista e Antologista, publicou: Antologia
de Poetas Franceses; Dicionário de Provérbios e Curiosidades;
Dicionário de Citações Brasileiras; Antologia de Humorismo e
Sátira..Sua atuação como autor, aponta-o como Um dos mais brilhantes do
Brasil: O Homem que Fica; A Mulher que Todos Querem; Um Judeu;
Mentirosa; Carlota Joaquina (seu maior sucesso); A Família Lero-Lero;
Trio em Lá Menor; Vila Rica; O Imperador Galante; O Testa de Ferro;
Canção Dentro do Pão, e outras. Também fez a tradução de numerosas
peças estrangeiras. Escreveu roteiros cinematográficos, muitos deles
adaptações de suas próprias peças (Cavalo 13 João Gangorra; A Família
Lero-Lero; Essa Mulher é Minha, e outros)
Morreu no Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 1981, vitima de atropelamento quando atravessava a Praia do Flamengo para alcançar o prédio da “Manchete”, revista em que trabalhava desde 1959. Patrono da cadeira n° 36 da Academia Cearense de Ciências, Letras e Artes do Rio de Janeiro. |
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