SEM TEMPO
Perdes o teu
tempo ao não
apreciar
os espetáculos
que a Natureza te
apresenta,
todos os
dias.
São incontáveis
as situações
em que as maravilhas
acontecem,
sem que
para elas atentemos
por que
estamos ocupados.
Pára.
Na beira
da estrada
Pela qual
passas todos os
dias,
Há infinitas
belezas.
Na simplicidade
Do vôo
pacífico
Da singela
borboleta
violeta,
Há grande
beleza.
Na água
que corre
Na calçada
Ao lado
de onde passas,
Levando folhas,
Formigas,
Aranhas,
E onde
navega
Um barquinho
de papel
Do menino
que brinca,
Há grande
beleza.
No céu azul
Tomado de alguns capuchos
de algodão branco,
Em que
pequenas aves,
Nas alturas,
Planam, sem
pressa,
Há grande
beleza.
No alto
da montanha longínqua,
Numa arvore,
Há um ninho
Com um
casal de passarinhos
Que alimentam
os seus filhotes,
Também há
grande beleza.
No vento
que sopra,
Sem pretensões
E sem
interesses escusos,
E faz
esvoaçar os teus
cabelos prateados,
Há beleza.
Assim é
na
pequena flor vermelha
Que orna
a estrada,
Na pedra
que rola
No riacho
que no
vale desliza
Ou no
galo de capina
Que canta,
na campina
na sua
felicidade.
Em tudo
há beleza,
Pois a
beleza
É a
perfeição dos atos
divinos
A nós
oferecidos,
Sem ônus
de qualquer natureza.
in SOMEUS.
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