QUANTA BELEZA
Grandes capuchos
de algodão [ doce ]
se espalham
no chão do firmamento
da quase
final de tarde
fantasticamente linda:
A beleza
habita em todo
o Universo.
Mas poucos
homens se dão
conta
De quanta
e rara beleza,
Está representada
nas obras do
Criador,
Dispersas em
cada fragmento
Dotado ( ou
não ) de
dinâmica.
Não são
belas somente as
estrelas
Pelo seu
brilho constante
Até que
sucumbam na escuridão
do abismo.
Não são
somente belas
as orquídeas
por serem variegadas e dadas como importantes.
São belas
as pequeninas flores
Nascidas no
mais fétido pântano;
São belas
as folhas da
bananeira,
As montanhas
e as pedras
Do caminho
silvestre
Pintado de
pequenos pontos matizados,
às margens do córrego espalhadas,
Onde as abelhas mansas
Colhem o
seu alimento todos
os dias.
Está a beleza
nos olhos
de quem a vê,
Na sua
singeleza,
Sem compromisso
e sem
preconceitos.
para MANÉ LEITE, um amigo
Era negro baixo
e feio.
Tinha
nariz grande a
achatado
E boca grande
e disforme.
Usava um chapéu
velho e semi - roto.
Suas
roupas, de pessoa
simples e pobre,
Eram, às vezes,
rasgadas mas limpas.
Fumava um cigarro
pé duro
E bebia uma
cachaça.
Morava numa casinha
de palha
Lá para as
bandas do St
Buriti.
Soube que um
dia foi cativo,
Servil de uma
latifundiária
Que, pelo que
soube,
o explorou durante
anos,
Libertando - o
quando aconteceu
a abolição
da escravatura.
Derrubava
palhas de palmeira,
A pedido, para
cobrir casas.
Um dia, caiu
de uma. Morreu.
Hoje mora na
última morada.
Seu nome era
Mané Leite.
Na
verdade, em se
tratando de pessoa
boa,
Seu Mane Leite,
Que tinha um
irmão chamado Chico,
Era um primor
de pessoa.
Tratava os
circunstantes
Com a maior
brancura
De sua existência
pura.
Sua alma era,
Espero, (
tenho certeza ) tão branca,
Quanto o mais
branco
capucho de algodão.
Nasceu
simples,
E assim andou
durante
toda a Caminhada
Da mesma forma
o faz agora
Pelas estradas da eternidade afora.
ambos da minha pena.
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