ATENAS QUASE
Comparada que fostes,
No passado,
A cidade - estado,
grega,
Pela qualidade intelectual
Dos teus filhos,
Ó Apenas Ibiapabana,
Nada mais representas.
Os teus filhos,
Antes a tua força,
Os cabelos de sansão,
Uma dálila os atirou
Aos ventos da distância
Deste imenso continente Brasil.
Hoje, és apenas
Uma urbe qualquer,
Sem aspirações,
Com a
vontade a sucumbir,
Plantada no alto da montanha
Da lenda alencarina,
Com os teus telhados,
Ao inclemente Sol,
deitados.
Giram as
rodas,
Umas dentro
das outras,
Do tempo
cruel.
E nossa história
vai se esvaindo,
Lentamente,
como a
areia
da ampulheta
fria e
insensível caindo.
Mas há
esperanças
no teu
formoso seio, Ubajara!
Os teus
filhos que virão
mudar a
tua faceta poderão,
Refazendo as jornadas
dos nossos
intelectuais que,
dos seus
túmulos,
estão prenhes
de reclamação.
Somente o
próprio tempo dirá.
Quem vem
atrás,
A porta
fechará.
De uma
forma ou de
outra,
Com chave
de ouro
Ou sem
nenhum louro:
Somente há
a esperar.
MeCosta 2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário