FREDERICA MUNIZ FERNANDES, sobralense, era casada com JACÓ FERNANDES MAGALHÃES.
no jornal UBAJARA
por JOSÉ VASCONCELOS e HEMETÉRIO PEREIRA
SOCIAIS - ANIVERSÁRIOS e... ( PÁGINA 4 )
4 páginas
Nasceu no Rio de Janeiro (RJ), em 1º de novembro de 1939. Neto do escritor Raymundo Magalhães e sobrinho de R. Magalhães Júnior. Dipl. em Letras (Português, Literatura e Latim). Veio para Brasília em 1960. Professor, revisor do Departamento de Imprensa Nacional, taquígrafo do Tribunal Superior do Trabalho, revisor e diretor substituto do Serviço de Taquigrafia do TST. Filiado ao Sindicato dos Escritores do Distrito Federal. Colab. em periódicos. Premiado no 7º Concurso Nacional de Poesia do Instituto da Poesia Internacional (Porto Alegre). Partic. das antologias Em canto cerrado, 1979; Conto candango, 1980, ambas org. de Salomão Sousa; Horas vagas, vol. 2, 1981, org. de Joanyr de Oliveira; Nem madeira nem ferro podem fazer cativo quem na aventura vive, 1986, Thesaurus; Planalto em poesia, 1987; Contos correntes, 1988, ambas org. de Napoleão Valadares; Cronistas de Brasília, vol. 1, 1995, org. de Aglaia Souza; Caliandra – poesia em Brasília, 1995, André Quicé Editor; Poesia de Brasília, 1998, org. de Joanyr de Oliveira. Pert. à Associação Nacional de Escritores. Bibl.: Ir entre os vivos, 1978; Aos trancos e barrancos (peça encenada em Brasília e em São Paulo); A fábrica de incertezas, 2018 (póstumo). Faleceu em 21 de julho de 1996.
fonte: Associação Nacional de Escritores - ANE
por JOSÉ MARIA FERNANDES
ABDELKADER
MAGALHÃES, ADVOGADO
( Raimundo Magalhães Júnior )
pernas, somente até os tornozelos, sapatos de
bicos agressivamente finos, não raros de duas cores, chamados de
"camouflage": pretos e brancos, marrons e brancos, ou apenas
brancos. 0 chapéu tipo "palhinha" completava a indumentária, em
um e outro caso complementado com uma bengala. Os cabelos, penteados para
trás, fixados à força de "brilhantinas". Falava-se muito em
"bolina", forma de toque de sentido sexual primário na es curidão dos
cinemas ou nos raros namoros de portão. Os "filmes" foram
divididos em partes e um leve toque de campainha "notificava" que as
luzes estavam acesas. Era a hora de retirar ansiosamente o que se chamaria
depois de "mão-boba" que, aproveitando o escuro, estava acariciando
um seio ou pousada "acidentalmente" na coxa da namorada. Não era
incomum o namoro de sobrado, o "almofadinha" lá em baixo, na rua, e a
"melindrosa" na sacada, repetindo, séculos depois, a cena do balcão
de "Ro meu e Julieta". Se era rua por onde trafegava os bondes,
o fim de conversa era marcado pelo movimento do namorado pegar o bonde andando:
era prova de masculinidade pegar os bondes em movimento. Não havia bailes
de clubes, a não ser raríssimos promovidos pelo "Casino" (como sim
mesmo com um "esse" só) ou pelo Clube Macarroni. Os bailes eram
realizados em casas de família e certas "almofadinhas" tinham faro
apuradíssimo para descobri-los. Os boêmios eram Gastão Machado, Lobinho,
Luiz Florenzano Balbi, Plinio Machado, Raimundo Magalhães Júnior (futuro membro
da Academia Brasileira de Letras, escritor famoso, à época redator de
" brasileiro ao Sul-Americano de 1923, em Montevidéu, recebeu o
convite para participar das Olimpíadas de Paris. Amáro Silveira foi
escolhido pelos jornalistas que cobriam o Sul Americano como a ponta esquerda
da seleção do certo, apelidado de "el chico de oro", pela imprensa
uru guaia. E em "A Notícia" de 20 de março de 1924 está
registrado o convite dirigido 214
Duas figuras Em julho de 1924 chegava a Campos
uma figura que marcaria de modo indelével a sua presença extraordinária pela
obra sócio-cristã aqui durante cerca de 40 anos. Era o apostolar Monsenhor
José Severino, imagem de santo-profeta com suas longas barbas brancas e seus
olhos muito azuis. Missionário na África por quase 20 anos, ele conheceu o
ilustre historiador campista Alberto Lamego, em Londres, no final da Grande
Guerra de 1914. Lamego logo o convidava, desde lá de Londres, para vir morar em
Campos e aqui continuar o seu trabalho apostólico . Não era o "padre
Severino" português como muitos supunham por conta de seu sotaque de quem
vivera longos anos na África portuguesa. Nascera no Rio de Janeiro, em
1867, e cursara o Colégio Pedro II. Depois o Seminário Patriarcal e em
seguida fora professor no Colégio Santa Maria, tendo como um dos seus
alunos o campista Obertal Chaves, que viria a ser Promotor em Campos. Em
1896, ele seguiu para a África, percorrendo o Congo e Angola, onde viveu como
missionário durante 17 anos. A convite do Governador de Angola realizou excursão
pelo rio Cunene, tomando posse para Portugal das regiões de Donguena e
Hinza. Em 1913 rumou para Cabo Verde, São Tomé, Príncipe, Ilha da Madeira,
Portugal, Espanha, França, Bélgica, Holanda e Inglaterra. Esteve com o
Papa e depois veio para o Brasil. Mas não veio direto para
Campos. Antes fundou e dirigiu a Escola para Menores Abandonados, o
Orfanato São Bento e Asilo São Luiz, este em São Cristóvão, todos no Rio de
Janeiro. Chegando a Campos em julho de 1924, logo fundava o Orfanato São
José, a Caixa Escolar e o Abrigo dos Pobres, que tem o seu nome. O
Orfanato acolheu logo 250 meninos abandonados, que passaram a ter educação,
ensino, alimentação, ginástica e educação musical. Exímio músico,
monsenhor Severino criou a bandinha do Orfanato que se tornaria uma das
instituições mais populares e queridas dos campistas. Exibia-se em toda
parte e abrilhantava os jogos de futebol. Entrava em ação a cada gol
marcado mas o povo dizia que com maior animação quando o gol era do Goytacaz...
O Orfa nato formou para a vida útil muitos campistas. Tinha oficina
mecânica, tipográfica, sapataria, etc. O Orfanato São José foi a maior obra
social que teve atuação em Campos. O "padre Severino" deixou
livros sobre viagens e falou vários idiomas e dialetos africanos. Deixou
mesmo uma gramática do idioma Olumyka. Era sócio da Sociedade de Geografia
de Lisboa, da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro, do Atheneu da
cidade do Porto, Portugal; e do Instituto Histórico de São
Paulo. Faleceu em Campos, em 8 de dezembro de 1943. Seus funerais foram
imponen tes. O povo levou o caixão do hospital da Beneficência à Matriz de
São Salvador, onde o corpo foi encomendado pelo Bispo D. Otaviano. No
Cemitério do Caju dis cursaram Alberto Lamego e vários outros
oradores. Terminado o Censo de 1920, por aqui ficou um funcionário do
mesmo, que, desempregado, pegou o posto de revisor da "Folha do
Comércio". A tônica do jornalismo do tempo era o "artigo de
fundo", de acentos fundamentalmente políticos, 219 O povo levou o
caixão do hospital da Beneficência à Matriz de São Salvador, onde o corpo foi
encomendado pelo Bispo D. Otaviano. No Cemitério do Caju discursaram
Alberto Lamego e vários outros oradores. Terminado o Censo de 1920, por
aqui ficou um funcionário do mesmo, que, desempregado, pegou o posto de revisor
da "Folha do Comércio". A tônica do jornalismo do tempo era o
"artigo de fundo", de acentos fundamentalmente políticos, 219 O
povo levou o caixão do hospital da Beneficência à Matriz de São Salvador, onde
o corpo foi encomendado pelo Bispo D. Otaviano. No Cemitério do Caju discursaram
Alberto Lamego e vários outros oradores. Terminado o Censo de 1920, por
aqui ficou um funcionário do mesmo, que, desempregado, pegou o posto de revisor
da "Folha do Comércio". A tônica do jornalismo do tempo era o
"artigo de fundo", de acentos fundamentalmente políticos, 219
Biblioteca de ESTUDOS FLUMINENSES
não raro vazado em linguagem veemente e até
desabrida. Quem o redigia no mencionado jornal era Thiers Cardoso, o
musicista da "Marcha Brasil" e que seria de pois deputado
federal. Thiers adoeceu ou manteve-se inesperadamente e José Carlos
Pereira Pinto, presidente da Associação Comercial e automaticamente diretor de
"Folha do Comércio", pôs as mãos na cabeça; quem iria redigir o
"artigo de fundo"? Foi quando o revisor anônimo se ofereceu para
a tarefa. Zé Carlos mirou-o, descrente. Mas o cidadão insistiu: era
quem revisava os artigos, conhecia a linha política do jornal, deixasse que ele
tentasse. Escreveu. Uma beleza. Melhor do que os artigos do
Thiers Cardoso. Então o Zé Carlos apertou o homem, que se identificou: era cearense, advogado e escondera esta condição
envergonhada por ter que apelar para o emprego eventual de funcionário do
Recenseamento. Era Abdelkader Magalhães, cujo talento brilharia em
Campos. Mandou ele, então, buscar dois sobrinhos no Ceará. Um era o
Raimundo Magalhães Junior que se tornaria figura de destaque nos meios
literários nacionais, membro da Academia Brasileira de Letras. Estudou no
Liceu e começou a carreira jornalística na "Folha do
Comércio". Abdelkader Magalhães brilharia no Foro de Campos como
advogado e seria eleito deputado esta dupla. Era um homem de grande
talento. Em 1930 a tragédia se fez presente em sua vida: matou ele um
pacato alemão, mecânico da Fábrica de Tecidos, crime cometido sob uma ação de
excessos etílicos. Desapareceu o dr. Abdelkader, vivendo sob nome suposto
no interior de Goiás, só revelando sua verdadeira identidade na hora da
morte. O triste episódio aconteceu em 1930 e Raimundo Magalhães se mudou
para o Rio, onde começaria no vespertino "A Noite" sua vitoriosa
carreira de jornalista e escritor. Infelizmente — e o fato não tem
explicação — como que riscou Campos de sua biografia, guardando mágoa da cidade
que o acolheu, coisa que não fez nunca nenhum sentido.
Biblioteca de ESTUDOS FLUMINENSES, a fonte
MOÇÃO DE CONGRATULAÇÃO E LOUVOR
Esta
moção homenageia esta
figura
100 palavras!!!
O autor do
nosso HINO MUNICIPAL.
Um
turbilhão de palavras
seria pouco para
definir esta personagem
de nossa história
e que tem
passado quase despercebida.
JOSÉ MARIA FERNANDES, aqui com a sua esposa!!
"Ubajara tao querida
Nosso mundo, nosso lar
Aos teus filhos, deste a Vida
E para sempre serás nosso altar"
DEFESA I
SENHOR DA
CANOA
Por
analogia com o
termo TABAJARA, que
quer dizer “SENHOR
DAS ALDEIAS”, conforme
Pedro Ferreira de
Assis, em seu
Diccionário H. e Geográphico da
Ibiapaba, à página
163, defendo que
o nome UBAJARA, TERMO INDÍGENA, seja
traduzido para “SENHOR DA
CANOA”, de UBA,
canoa e JARA,
senhor.
E não
“UBÁ” “YARA” = canoa da
mãe dágua, como
citam alguns.
DEFESA II
TAPERACIMA
O pesquisador e
historiador acima
mencionado, que será
alvo de várias
citações ao longo
deste simples trabalho,
grafava TAPERA – ACIMA, quando se
referia ao “riacho
afluente do rio
Jaburu, e que separa o
município de Ubajara
do de Tianguá”. Outros
pesquisadores fazem referência
à localidade de
TAPERA e ao
riacho TAPERACIMA, como é
o caso de Chico Ocosta,
também citado ao longo
desta cronologia. Outro
documento que cita
o termo da
forma como aqui
defendido é a Lei Provincial 1280,
de 28/09/1869, que criou
o distrito de
Paz de Barrocão,
desmembrado de Vila
Viçosa, como segue: ”Art.2º.
- servirão de limites ao
novo distrito os
riachos Guatiguaba e TAPERA-CIMA”.
Assim, o
termo que muitos
usam, inadequadamente, ITAPERACIMA, ITAPERACEMA, TAPERACEMA,
deve
ser grafado e pronunciado TAPERACIMA, como a forma correta e a
ser divulgada nas
nossas unidades escolares
para conhecimento da
população jovem.
no "A HISTÓRIA SOCIAL PÓLÍTICA E RELIGIOSA DE UBAJARA", de MeCosta, a publicar
GLACIAL E IMPARCIAL
A lua de
prata,
mansamente,
Caiu sobre a
negrura da noite,
Engravidando – a
de mansa luz,
Na madrugada silenciosa.
Na rua,
Perambulam
somente
os cães rejeitados
Ou os gatos
namoradores
Espreitam, apaixonados,
Elegantemente
deitados
nos muros e nos telhados.
Mas a lua,
impassível,
Impera no céu,
mandando e desmandando:
Governa, sem sombra
de dúvidas.
E os seres humanos
Inflados de sua
própria hipocrisia
Se digladiam na
busca Incessante
da saciedade de
suas vaidades mundanas.
Vaidades humanas que
de nada servem:
Dinheiro, muito ouro, prazeres exacerbados,
Não trazem a
felicidade.
E, quando for
tirado o bilhete
da grande viagem,
Saibamos todos,
Nada levaremos.
O ouro será quebrado
em muitas partes
Por aqueles que
muito pouco fizeram.
Mas dilapidarão tudo,
sem pena
e nem um mísero
pingo de dó.
Enquanto isso,
glacial
E imparcial,
Lá estará a lua.
MeCosta abril 2024
Texto do jornalista Luis Nassif. Veja que o depoimento cita UBAJARA. Há um blogueiro no trecho que dá a informação de ...