OS RIACHOS JACARÉ
e DO COURO
“Riacho do Navio
Corre pro Pajeú
O rio Pajeú vai despejar
No São Francisco
O rio São Francisco
Vai bater no "mei" do mar...”
Corre pro Pajeú
O rio Pajeú vai despejar
No São Francisco
O rio São Francisco
Vai bater no "mei" do mar...”
Luiz Gonzaga
A definição
de Riacho
Riacho, conforme
o “Dicio”, significa pequeno
rio, ribeiro, regato.
O riacho demanda
pouca água, podendo
ser um filete
apenas; é estreito
e pode ser
ultrapassado até de
um salto só,
no mais das
vezes. O riacho cai no rio
e o rio
cai no mar.
Tai, para fixar
o ‘ Riacho do navio,
de Gonzagão.
Os riachos
Jacaré e do
Couro, os quais
tem parte na
zona urbana de
Ubajara, são confundidos.
Uns acham que o
riacho do Couro
e o Jacaré
e vice – versa são
o mesmo. Na
verdade, o Jacaré
é uma extensão
do riacho do
sítio do Meio, que junta
águas da região
de Santa Luzia
e que atravessa
a CE – 187, no
trecho de ligação
da zona urbana
do centro com
o bairro Sebastião
Gomes Parente. O
nome de riacho
Jacaré representa este
trecho, da CE-187
até logo após
a ponte do
bairro Nossa Senhora
de Lourdes.
No passado,
o riacho do
sítio do Meio
bem poderia ser
chamado de rio. O leito era meio
largo e a
água corria com bom volume.
Tinha margens altas
e poços fundos
onde os culumins podiam
pular da ribanceira
e nele nadar
e pescar. Assim
também era no
riacho Jacaré. Acontece
que ao longo
do tempo o
leito do riacho
foi sendo entupido.
Os agricultores, com
os seus plantios,
principalmente de cana – de - açúcar, provocaram
o assoreamento do
leito. Também contribuíram para
esta condição, as
construções, às vezes
desordenadas. Na passagem
da CE-187, do “lado de
cima da ponte
havia um poço,
a água fluía
limpa e onde
se tomava banho
normalmente. As pessoas
até passavam por
baixo da ponte para
o outro lado
da estrada. Atualmente tudo
está quase igualado: Acabou – se tudo.
Agora só lembranças
restam.
Por outro
lado, o riacho
do Couro tem
origem nas terras
do espólio da
família de Miguel
Salvino, em Paus
Altos, logo após as terras
dos Felipe. Estas
mesmas terras dos
Felipe tem trecho
do ali conhecido
como riacho Sabiá; ou
seja: o riacho
passa na área
de baixa do
sítio. E continua
descendo rumo ao
sítio Sabiá, passando
pelas terras outrora
pertencentes ao sr.
José Gilberto, onde
provoca até pequenas
cachoeiras – as cachoeiras do
Sabiá, e daí, pelas
terras do espólio
de Maria Aguiar
Vasconcelos, no sítio
Paraíso. Desse trecho
em diante, o
riacho Sabiá passa
a ser o riacho
do Couro e
então ele corre
“para o rio
Pajeú”, ou melhor, para
o riacho Jacaré
e este vai
desaguar no rio
Jaburu.
E
as perguntas que
estão por vir:
porque “Jacaré"? Porque “do Couro”?
O riacho Jacaré
deve ter recebido
este nome talvez
em consequência de,
possivelmente, ali ter
habitado um jacaré.
No lugar houve,
há largo tempo,
a lagoa do Jacaré,
citada na história
do município. Já
a denominação “do Couro”,
fica para ser
alvo de futura
pesquisa oral, já
que, após várias
buscas, nada foi
encontrado.
Localizando no
mapa de Ubajara
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