LOUIS AGASSIZ era suiço, morou na Alemanha, na França e faleceu nos Estados Unidos.
Este texto é um extrato na dissertação de mestrado de Anderson Antunes, na Fiocruz.
O mesmo trata sobre a trajetória do naturalista Luiz Agassiz e suas pesquisas, inclusive em viagem ao Brasil e ao Ceará, em 1865, 66.
Além de participar de suas expedições, Elizabeth também redigia suas palestras para publicação, gerenciava a publicação de seus livros e artigos, cuidava de suas finanças e organizava suas correspondências. Guyot descreve a importância de Elizabeth na vida de Agassiz da seguinte forma: Permitam-se, aqui, fazer alusão a uma das circunstâncias providenciais da vida de Agassiz, que o permitia realizar um conjunto tão grande de trabalhos, e fazê-los de forma tão alegre quanto eficiente. Quero fazer referência ao seu casamento, em 1849, com uma distinta filha da sua pátria adotiva, a qual todos conhecemos, admiramos e respeitamos sem precisar dizer seu nome. Nesta companheira constante e devota, ele encontrou uma sábia e afetiva mãe para seus filhos. Seu julgamento são e firme, sua mente bem equilibrada, davam-no todo o auxílio e encorajamento que precisava em meio a circunstâncias às vezes complicadas. Seus talentos literários, ao qual devemos o interessante registro de sua viagem ao Brasil, o relato pitoresco dos corais da Flórida, e talvez mais de um de seus últimos trabalhos, são reconhecidos por todos. Sua profunda e absoluta devoção, sua influência consoladora, garantiam a ele a paz de alma e espírito necessárias para uma atividade mental imperturbada. À ela também a Ciência deve um tributo de gratidão.
O papel de Elizabeth foi ainda mais importante nos momentos finais da vida de Agassiz. Quando voltou para casa, no dia 6 de dezembro de 1873, sentindo-se mal e reclamando de cansaço, nem mesmo os seus amigos, os médicos Dr. Brown-Sequard (1817 – 1894) e Dr. Morrill Wyman (1812 – 1903) conseguiram fazê-lo se recuperar. Poucos dias depois, no dia 14 do mesmo mês, Agassiz faleceu. Seu corpo foi enterrado no cemitério de Mount Auburn, em Massachusetts, sob uma rocha errática trazida das geleiras da sua terra natal. Segundo William James, que foi seu aluno e companheiro em sua viagem ao Brasil: Ele nos deixou uma impressão incomparável. Ele deixa uma espécie de mito popular – a lenda de Agassiz, como alguém poderia chamar – que paira no ar ao nosso redor; e a vida se faz mais gentil conosco e conseguimos mais reconhecimento do mundo porque podemos nos chamar de naturalistas, e essa era a classe à qual ele também pertencia94 . James certamente tinha razão. Independentemente de suas teorias científicas terem sido provadas corretas ou erradas nos anos e décadas posteriores à sua existência, o fato que permanece verdadeiro até os dias de hoje é que Agassiz foi uma figura singular, e deixou um legado que se faz relevante mesmo cerca de 150 anos após a sua morte, como podemos notar pela quantidade de obras publicadas sobre sua vida. Neste trabalho, nos chama a atenção, em especial, a sua viagem ao Brasil e o seu relacionamento com as populações locais, temas que vamos explorar mais profundamente a seguir.
Teria alguma relação com Zulmira Agassiz. Zulmira Agassiz é a denominação de unidade escolar de Araticum, distrito sertanejo de Ubajara.
Nenhum comentário:
Postar um comentário