A chegada do francês JEAN
FONTANEILLES no Ceará
No início do século XVIII, divulgaram em Portugal fantásticas notícias de que
nos contrafortes das Serras da Ibiapaba e dos Cocos, no Ceará, armazenavam-se
fabulosas jazidas de minérios, muito ouro e prata, brotando à flor da terra. O
local desses minérios seria precisamente o Araticum, atualmente distrito da
cidade de Ubajara. Logo despertou a maior cobiça e ambição no ânimo dos
portugueses e muitos deixaram suas terras, suas propriedades em mães de
parentes, e emigraram para o Brasil à procura dos grandes tesouros que eram
descobertos apenas com a pressão do bico das botas ou com a força do seu
bastão... A verdade, porém, saiu pelo avesso. É certo que com o ouro e a
prata arrancados de Minas Gerais, em tão grande quantidade, a Corte Portuguesa
reedificou Lisboa após o terremoto de 1755.
Em 15 de outubro de 1742, através de Carta Régia, atendendo solicitação
do Padre José da Rocha, uma comissão de cinco engenheiros de minas é destinada
para o Ceará, composta pelos franceses Jean Pierre FONTANEILLES, como
chefe da comissão, e seu filho JEAN FONTANEILLES, os
portugueses JOÃO DE OLIVEIRA CAMIDE e ESTEVÃO GOMES MADEIRA e o alemão JOHANN
CHRISTOPH SPONGEL.
Conforme consta numa cópia da “Devassa” - documento arquivado na
Biblioteca da Universidade do Vale do Acaraú-UVA, a chegada dessa comissão no
Ceará ocorreu em 9 de abril de 1743, no Arraial de Ubajara, com a finalidade de
explorar o potencial aurífero daquelas serranias. A comissão iniciou logo a
pesquisa e exploração. Infelizmente, a inveja e ambição de muitos impediram a
boa marcha dos trabalhos, contando-se, entre eles, o Ouvidor Manuel de Farias
que tudo fez para que os engenheiros negassem a existência de minérios.
Fracassada a missão, Jean Pierre FONTANEILLES (pai) e outros
engenheiros retornaram aos seus pontos de origem. Entretanto, JEAN
FONTANEILLES resolveu ficar e preferiu fixar residência em Viçosa
- Ceará, no Sítio Pitinga, Aldeia dos Jesuítas, onde adquiriu várias partes de
terra no sertão, principalmente no lugar “Careta”, cuja posse custou a elevada
soma de quinze mil réis. Aí, então, dedicou-se à criação de gado bovino. E
sendo um exímio ourives, montou uma oficina e com isso resolveu ganhar a vida
sossegadamente
Fonte: Minha genealogia, blog
de Carminda Fontenelle
Envolvendo o exposto neste texto, este blogger está desenvolvendo texto contestatório sobre dados apresentados de forma equivocada por escritor ubajarense, Logo mais o texto estará neste sítio, objetivando única e exclusivamente informar a informação correta e reta.
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