“JÁ QUE
NÃO LEVO NO
MEU PEITO MORTO
UM PUNHADO
SEQUER DE MURCHAS
FLORES”
Álvares
de Azevedo
Murchas flores
ainda até irâo
Naquele fatídico dia
Por cima
do meu caixão,
Bem como
também do teu,
Que almejas
todo dia angariar
sempre mais ouro
e prata,
Ó egoísta ateu.
Ouro e
prata, nobres metais
Servem para
abastecer as nossas
carências,
Enquanto seguimos
rumo ao horizonte
intocável dos mortais.
Mas, no
momento de nossas
decadências,
Aquele tempo
sem doma,
Que ninguém
controla
E nem suborna,
Os tais nobres metais,
Aqueles que,
para ganhares,
Subjugastes, maltratastes,
Até assassinastes,
De nada
servem,
Pois nem
uma roupa nova,
De seda
ou do melhor
linho
Ou um
bonito sapato,
Ó egoísta ingrato,
Tu não mais comprarás:
Não faz
mais valer a
ação.
Pois nada levarás.
MeCosta. “A
solidariedade salva”, 14 março 2024
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