de KIBROM
TEMPO SEM PEIAS
E veio
a chuva pequena.
Me aquietei.
Puxei a
rede e me
deitei.
um livro peguei
Para ler umas
linhas de Castro
Alves.
Não! Estou
muito preguiçoso para
ir
trabalhar. Agora,
somente arrisco
riscar
estas linhas
Mal traçadas
linhas e sem
nexo;
Mas escrevo
Para não cegar
a mente,
Calmamente, mais precisamente,
Sem pressa.
De qualquer forma,
pra quê pressa?
Se o caminho
do fim é
o mesmo
E sem volta!
Não adianta
o tempo
Adiantar; ele não tem
peias.
E nos
leva na sua
onda
Para uma
volta sem retorno,
Pois a roda
é
cruel
tem sabor
de fel
e nos
engole e nos
empurra
Sempre em único
sentido:
A própria
destruição.
MeCosta
Batista
de Lima
caderno3@diariodonordeste.com.br
•
03:37 · 19.11.2005
Washington
Soares e a Água Fria revisitada
Washington Soares é um nome que sempre nos remete a
um dos pontos mais críticos do trânsito de Fortaleza. Uma avenida polemizada
desde o momento da sua construção. Antes, no entanto, era uma rua tortuosa com
calçamento de pedra tosca, estreita e malcuidada. Bem antes ainda era a grande
fazenda do cidadão Washington Soares e Silva, que viria a dar nome a essa via
principal de escoamento de trânsito da zona leste de Fortaleza em demanda de
praias e cidades litorâneas.
Para os curiosos em saber o perfil dessa personalidade que deu nome à avenida,
aparece agora o livro Washington Soares: fragmentos de uma vida, escrito pela
sua filha, a médica Ilnah Soares. Washington Soares nasceu às 9h do dia
primeiro de janeiro de 1889, em Ibiapina, cidade serrana do Planalto da
Ibiapaba, filho do coronel Wenceslau Soares e Silva e Rosalina de Carvalho
Soares. Panteísta, a natureza sempre lhe provocava um alumbramento. Outro
fascínio que cultivava, era pela música, chegando a tocar flauta e saxofone,
principalmente em festas religiosas.
Em 1910 já era estudante em Sobral onde se destacava como membro efetivo do
Grêmio Lítero-Sobralense, chegando inclusive à sua presidência.
Cultivador do hábito da leitura era comum encontrar na sua estante, obras de
Eça de Queiroz, Guerra Junqueiro, Machado de Assis, Tolstoi, Émile Zola,
Gustave Flaubert, Alexandre Dumas, Victor Hugo, Dostoievski e muitos outros.
Foi nesse ambiente em que se respirava literatura, que Ilnah Soares e seus seis
irmãos desfrutaram da convivência com o pai empreendedor. Edson, Ilnah, Maíza,
Wilson, Mirtes, Wellington e Wildberger representam a herança maior que
Washington Soares legou ao Ceará.(...)
Washington Soares recebeu cento e
vinte famílias de retirantes da seca de 1932 e que, acampados na sua fazenda,
começaram a impulsionar o povoamento e o progresso da Água Fria.
Segundo Ilnah Soares, a fazenda Água Fria foi adquirida por seu pai em 1925, de
Amâncio Filomeno Gomes, ainda com o nome de Fazenda São Paulo, por cinquenta
contos de réis. De início era um latifúndio de mil hectares, correspondendo ao
que hoje conhecemos como Água Fria, Lagoa Seca, Sapiranga, Precabura, Coité,
parte do Cocó, Dendê, Cacheada e Lagoa do Muçu. Limitava-se pois ao norte com o
rio Cocó, ao sul com o logradouro hoje chamado de Seis Bocas, a leste com o
Dendê e a oeste com o Sítio Tunga.
(...)
O casarão dos Soares, construído bem antes da chegada de Washington à região,
permanece de pé graças ao desvelo dos descendentes, principalmente de
Wellington que fez morada ao lado e de Maíza que lá reside até hoje. Em
reforma, no momento, conservando seu piso original, o madeirame antigo, as
estantes de livros e a estrutura completa e original, há uma construção agora
indelével, confeccionada pela filha Ilnah, que aparece na construção do seu
livro.
(...)
Um dia teve Washington Soares a iniciativa de construir uma ponte tosca de
madeira sobre o rio Cocó, propiciando a via de acesso Messejana-Mucuripe, hoje
tão transitada em feitio moderno. Da mesma forma Ilnah constrói sua ponte,
ligando o presente ao passado, através da escritura. São duas pontes feitas de
materiais diferentes mas que ligam as duas margens do rio do tempo e colocam a
Água Fria em definitivo no mapa da metrópole e do país do coração.
Os mil hectares da fazenda de Washington Soares fatiados ao longo desses
oitenta anos pela população que acorreu à aprazível região da Água Fria
recompõem-se agora graças ao tratamento cirúrgico literário da Doutora Ilnah. A
epiderme desse corpo depauperado pela ação inescrupulosa do progresso acaba de
ser recuperada para os pósteros pelo bisturi da reconstrução por essa artista
muito mais plástica literária e poética do que clínica, retirando a Água Fria,
de Washington Soares, da UTI do esquecimento e ofertando-nos rejuvenescida em
bandejas páginas de ternura, lirismo e encantamento.
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Washington
Soares
Washington Soares e Silva foi um grande empresário e proprietário de terras em
Fortaleza. Nasceu em Ibiapina no dia 1º de janeiro de 1889. Passou a
infância em sua cidade Natal e por volta de 1910 foi para Sobral estudar. Lá,
engajou-se em movimentos literários, como o Grêmio Lítero-Sobralense, pelos
quais publicou alguns poemas. Contudo, em 1917 saiu de Sobral em busca de
independência. Trabalhou na Firma "Boris
& Frères". Passou vários anos viajando pelos estados do nordeste.
Em 1927, casou-se com a paraibana Sofia de Moura Soares e veio a se estabelecer
em Fortaleza. Adquiriu uma imensa propriedade então pertencente a Antônio
Filomeno Gomes. O terreno, que tinha cerca de 1.000 hectares, estendia-se desde
o rio Cocó até a região das "Seis Bocas", abrangendo os atuais
bairros de Água Fria, Lagoa Seca, Sapiranga, Precabura, Coité, Cocó (em parte),
Dendê, Cacheada e Lagoa do Muçu. Além das Salinas situadas no atual Parque do
Cocó, Washington Soares tinha olarias (produção de telha/tijolo) e plantações
de milho, mandioca, feijão, jerimum e batata. Segundo Soares (2005), durante a
seca de 1932, recebeu em suas terras retirantes do interior, acolhendo-os como
trabalhadores e moradores do sítio. Na região do Cocó, Wasington Soares
construiu uma pequena escola para os filhos dos pescadores da Colônia Z-58 e
uma pequena ponte para a travessia do rio (anos 40). Na política, presidiu o
PSD sem nunca ter se candidatado a qualquer cargo eletivo. Faleceu na Santa
Casa de Misericórdia, aos 58 anos de idade, em 24 de agosto de 1947, vítima
de grave enfermidade nos rins
MENEZES, M. O. T. (2006) Ceará de Luz, Disponível em:
http://cearadeluz.blogspot.com, Acesso em: DD/MM/AAAA
Foram candidatos
ANTONIO RIBEIRO NETO
O TEMPO: 9 e 45 de 18 de julho de 1967
fonte: O CRUZEIRO, 1967Humberto de Alencar Castello Branco[1][nb 1] GOA • GColIH (Fortaleza, 20 de setembro de 1897[2][3] – Fortaleza, 18 de julho de 1967) foi um militar e político brasileiro. Foi o 26.º presidente do Brasil, o primeiro do período da Ditadura Militar, tendo sido um dos articuladores do Golpe Militar de 1964. Os principais objetivos da intervenção militar eram acabar com os nacionalistas reformistas, representados pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e o projeto das Reformas de Base do governo João Goulart, e institucionalizar a Ditadura Militar através dos atos institucionais. Uma das primeiras medidas de seu governo foi a promulgação do Ato Institucional 2, que aboliu o pluripartidarismo no país e concedeu poderes ao Presidente da República para cassar mandatos de deputados e convocar eleições indiretas.[4] Na política externa brasileira passou a buscar apoio econômico, político e militar nos Estados Unidos. Era filho do general Cândido Borges Castelo Branco (Piauí, Campo Maior, 1 de Janeiro de 1861 - ?), 6.º neto do 11.º Senhor de Pombeiro e de sua mulher a 9.ª Senhora de Belas, e de sua mulher Antonieta de Alencar Gurgel (Ceará, Fortaleza, 19 de Setembro de 1871 - ?), membro da família do escritor José de Alencar.[5]
Iniciou sua carreira na Escola Militar de Rio Pardo, no Rio Grande do Sul. Em 1918, ingressou na Escola Militar de Realengo, na arma da Infantaria, tendo sido declarado aspirante a oficial em 1921, e designado para o 12º Regimento de Infantaria em Belo Horizonte. Em 1923 alcançou o posto de primeiro tenente. Em 1924, ainda como Tenente, fez o Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais e, ao retornar para o 12º RI, recebeu a missão de comandar um destacamento da unidade e integrar as forças legalistas que viriam a enfrentar e vencer revoltas internas eclodidas em São Paulo, no ano de 1925. Em seguida, retornou para a Escola Militar de Realengo como instrutor de Infantaria em 1927.[6] Participou, como muitos outros tenentes de sua época, da Revolução de 1930.
Como Capitão, o valor intelectual de Castello Branco sobressaiu-se e, em 1931, cursou a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, na qual foi o primeiro colocado de sua turma.[7] Durante essa fase de sua mocidade foi seduzido pelo Integralismo de Plínio Salgado, do qual se afastou após o Levante Integralista.[8] Promovido a major em 1938, foi matriculado na Escola Superior de Guerra francesa e ao regressar ao Brasil, desempenhou a função de instrutor da Escola Militar do Realengo.
Foi promovido a tenente-coronel em 1943 e cursou a Escola de Comando e Estado-maior dos Estados Unidos. Em seguida, foi chefe da 3a. Seção (Operações) da Força Expedicionária Brasileira (FEB) durante a Segunda Guerra Mundial, na Itália, permanecendo durante trezentos dias nos campos de batalha. Enviou sessenta cartas à sua esposa Argentina Viana Castelo Branco e a seus dois filhos. Na FEB, planejou e implementou manobras militares nos combates na Itália, principalmente na Batalha de Monte Castello. Segundo o Marechal Cordeiro de Farias, Castello conquistou excepcional prestígio na FEB, por ser um grande estrategista e ter uma cabeça privilegiada. Com isso, acabou absorvendo funções que seriam do Chefe do Estado-Maior, Floriano de Lima Brayner. No entanto, era muito fechado e bastante sarcástico.[9]
Promovido a Coronel em 1945, Castelo Branco retornou ao Brasil com o firme propósito de transmitir suas experiências profissionais aos oficiais do Exército. Dessa forma, assumiu o cargo de diretor de Ensino da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME), e transformou essa Escola em um verdadeiro centro de pesquisas doutrinárias.[7] Castelo Branco sistematizou, principalmente entre 1946 e 1947, o método do raciocínio do estudo dos fatores de decisão, preconizados pela Missão Militar Francesa, com uma estrutura de trabalho no âmbito do comando, disciplinando melhor as atividades do Comandante e dos seus Oficiais de Estado-Maior.
Castelo Branco foi eleito Presidente da República pelo Congresso Nacional, em eleição no dia 11 de abril de 1964, obtendo 361 votos contra 72 abstenções, 37 faltas, 3 votos para Juarez Távora e 2 votos para Eurico Gaspar Dutra.[22] O voto mais aplaudido foi o do ex-presidente Juscelino Kubitschek, então Senador pelo Estado de Goiás.[6][23] Da deposição de João Goulart em 2 de abril de 1964 até a posse de Castelo Branco, permaneceu na presidência da República, o presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzilli.
Como na sua posse na presidência da República, em 15 de abril de 1964, a Constituição de 1946 continuava em vigor, o marechal foi eleito para terminar o mandato de cinco anos iniciado por Jânio Quadros em 31 de janeiro de 1961. Assim, Castelo Branco deveria governar até 31 de janeiro de 1966. Porém, posteriormente, seu mandato foi prorrogado e foram suspensas as eleições presidenciais diretas previstas para 3 de outubro de 1965.
Dessa forma, Castelo Branco governou até 15 de março de 1967, sendo substituído pelo general Costa e Silva, que fora eleito pelo Congresso Nacional, em 3 de outubro de 1966.
Durante seu mandato, o marechal aboliu todos os treze partidos políticos existentes no Brasil, através do Ato Institucional número 2. Foram criados a Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que se tornaram os únicos partidos políticos brasileiros permitidos até 1979. Castelo Branco promoveu várias reformas políticas, econômicas e tributárias ao longo de seu mandato.
As medidas aplicadas, não atingiram apenas o poder legislativo, mas também todas as organizações consideradas pelo governo militar como "nocivas à pátria, à segurança nacional, e à consolidação do novo poder", que, segundo versão oficial, "pretendia corrigir os males sociais e políticos, combater a corrupção e a subversão", além de impedir que se instaurasse um "regime comunista" no Brasil.
O ataque mais violento da esquerda armada contra o governo de Castelo Branco foi o Atentado do Aeroporto Internacional dos Guararapes, ocorrido no Recife em 25 de julho de 1966. O ato visava atingir o marechal Costa e Silva, Ministro da Guerra e candidato a sucessor de Castelo. O ataque terrorista produziu vários mortos e feridos, dentre os quais faleceu o Vice-Almirante reformado Nelson Gomes Fernandes. Costa e Silva nada sofreu, pois naquele dia seu avião entrou em pane em João Pessoa e ele se dirigiu para Recife de automóvel. Depois desse evento, iniciou-se uma intensa guerra interna contra as atividades de guerrilha e de terrorismo.
Neste mesmo ano, a oposição ganhou maior intensidade através de protestos estudantis em diversas partes do Brasil e da formação da Frente Ampla, movimento que reunia opositores das mais diferentes correntes políticas, tais como os exilados Carlos Lacerda e os ex-presidentes Juscelino Kubitschek e João Goulart. A Frente, contudo, não conseguiu apoio popular e unidade política interna, vindo a desaparecer em pouco tempo.
Castelo Branco reformou a administração pública brasileira através do Decreto-Lei 200, e enviou um projeto de nova Constituição brasileira, que foi aprovada pelo Congresso Nacional e entrou em vigor no dia da posse do seu sucessor, Costa e Silva, em 15 de março de 1967. Assim, quando tomou posse, em 15 de março de 1967, no mesmo dia que entrava em vigor a nova Constituição, Costa e Silva não dispunha de nenhum ato institucional ou qualquer outro dispositivo legal autoritário.
fonte: wikipédia.org.
O mercado, objeto desta foto da minha samsung, foi construido em Ubajara por influência de Dário Macedo, jornalista, e que recebeu o nome de Mercado Tereza Cristina Castelo Macedo, filha do ex - governador do estado PLÁCIO ADERALDO CASTELO, no período que vai de 1966 a 1971. O imóvel foi demolido em Julho de 2024 pela administração municipal.
No local está em construção uma praça de eventos.
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