quinta-feira, junho 28, 2012

LAVRA de PEDRO FERREIRA DE ASSIS



UM  ROUBO  DESCONHECIDO

       Apareceu,  em  4  de  outubro m de  1936,  a  Balbina  Machado,  viúva  de  Rafael  Machado,  no  lugar  Araticum, no  município  de  Ubajara,  uma  mulher  morena,  de  mediana  estatura,  olhos  grandes  e  cabelo  grisalho,  e  lhe  disse:  “Peço  ir  ao  Trapiá  e  pedir  perdão,  por  mim,  a  d.  Constância,  esposa  de  Raimundo  Ferreira,  por  haver  roubado  dela  uma  tesoura”.  E  logo,  sem  mais  uma  palavra  desapareceu.
        Araticum  fica  distante  de  Trapiá,  lugar  este  que  Balbina  nunca  tinha  ido.
        Balbina,  dois  dias  depois  da  aparição  da  mulher  morena,  foi  ao  Trapiá  e    narrou  a  D.  Constância  o  que  aquela  visão  lhe  pediu.
        E  ela,  Constância,  sem  mais  nem  mais,  disse  logo  que  a  mulher  de  olhos  grandes  era  sua  comadre  Assis  que  havia  morrido    pouco  tempo.  Lembrou – se  na  mesma  ocasião  de  que  quando  sua  comadre  era  viva  havia,  de  feito,  lhe  roubado  uma  tesoura.
        Esse  fato  me  foi  narrado  pelo  cidadão  Basílio  Rocha,  morador  no  sítio  Tapera – Cima,  sito  no  Município  de  Ubajara.
Do  Livro  de  casos  e  COISAS  QUE  EXISTEM( em  nós  e  além  de  nós ),
 de  PEDRO  FERREIRA  ( de Assis ),  de  1972. 

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