DA PUREZA
DA ALMA
Por Messias
Costa
Era negro,
baixo e feio.
Tinha nariz
grande e achatado
E boca grande
e disforme, também.
Usava um
chapéu velho e semi
- roto.
Suas roupas,
de pessoa simples
e pobre,
Eram às vezes
rasgadas, mas limpas.
Fumava um
cigarro pé duro
E bebia
uma cachaça.
Morava numa
casinha de palha
Lá para
as bandas do
St Buriti.
Soube que
um dia foi
cativo,
Servil de
uma latifundiária
Que o
explorou durante anos,
Libertando - o quando
aconteceu a abolição
da escravatura.
Para ganhar o pão,
Derrubava palhas,
Derrubava palhas,
A pedido,
para cobrir casas.
Um dia,
caiu de uma
palmeira.
Hoje mora
na última morada.
Seu nome
era Mané Leite.
Na verdade,
em se tratando
de pessoa boa,
Seu Mane
Leite,
Que tinha
um irmão chamado
Chico,
Era um
primor de pessoa.
Tratava
os circunstantes
Com a
mais pura brancura
De sua
existência negra.
Sua alma
era,
Espero, ( tenho
certeza ) tão branca,
Quanto o
mais branco
capucho de
algodão.
Nasceu simples,
E assim
andou durante toda
a Caminhada
Da mesma
forma o faz
Pela eternidade
afora.
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