segunda-feira, agosto 27, 2012

ALENCAR, dramaturgo


SUCESSOS  E  INSUCESSOS  DE  ALENCAR  NO  TEATRO

              “O  papel  de  José  de  Alencar  nas  nossas  letras  foi  tão  importante,  que  os  estudiosos  de  sua  obra,  em  geral,  deixam  de  apreciar  alguns    aspectos  dessa  prodigiosa  atividade,  seduzidos  principalmente  pelos  traços  mais  característicos  de  sua  personalidade  de  escritor.  É  para  o  romancista  que  convergem  as  primeiras  atenções,  -  o  romancista  que,  sob  a  influência  de  Chateaubriand  e  de  Fenimore  Cooper,  marcava  a  fase  indianista  do  romance  brasileiro.  O  cronista  que  mergulhava  nos  alfarrábios  para  tentar  recompor  a  fisionomia  da  nossa  sociedade  colonial    é  focalizado  secundariamente,  do  mesmo  modo  que  o  escritor  político  das  “Cartas  de  Erasmo”  e  o  jornalista  vibrante  que  editorializava  no “Correio  Mercantil”  e  no  “Diário  do  Rio  de  Janeiro”.   Mas  esquecido,  ainda,  tem  sido  o  autor  dramático ,  que  as  platéias  da  Corte  tantas  vezes  aplaudiram  calorosamente,  sobretudo  no  segundo  e  no  terceiro  quartel  do  século  passado.
            Entretanto,  essa  parte  da  obra  de4  José  de  Alencar, a   do  dramaturgo,  não  pode  nem  deve  ser  desprezada,  pois  que  representa  um  dos  pontos  mais  importantes  da  evolução  do  nosso  teatro,  constituindo,  como  constituiu,  com  a  de  Macedo,  um  elo  entre  a  obra  de  Martins  Penna,  fundador  da  nossa  comédia  de  costumes,  e  os  seus  servidores  dos  fins  do  século  XIX,  -  França  Júnior  e  Arthur  de  Azevedo.  Nada  menos  de  nove  peças  teatrais  escreveu  José  de  Alencar.  Quatro  comédias: “O Rio  de  Janeiro ( verso  e  reverso )”,  “O demônio  familiar”, “Qué  é  o  casamento?”,  “O Crédito”  e  quatro  dramas: “As  asas  de  um  anjo”,  “Expiação”,  “Mâe”  e  “O Jesuita”.  E  uma  opera  hoje  totalmente  esquecida.”
O  texto  acima  foi  transcrito  da  obra  “O  Império  em  chinelos”.  E  sabe  de  quem,  caro  blogonauta?  Pouquíssimos  saberão.  A  obra  é  do  escritor  Raimundo  Magalhães  Júnior.  Interessante,  nénão?!!!

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