O CAVALO
ESNOBE
E O
JUMENTO CARREGADO
Talvez aí
no tempo em
que os animais
falavam, um belo
cavalo esnobe acompanhava
seu dono, que
ia caminhando pela
longa estrada sem
distância a medir.
Na comitiva também
andava um jumento
capenga, atarefado com
grande carga que
muito lhe pesava
às costas.
Como
disse, lá iam os
dois, o cavalo
e o jumento,
este filósofo das
beiras de estrada,
agora sobrecarregado com
as burundangas do
patrão.
O
jumento, sofrendo, diz:
- Amigo Cavalo,
ajuda – me a levar
esta carga que
está exuberantemente pesada.
Você tem
mais força que
eu. Vamos dividi-la.
-
Eu não!, responde
a esnobice cavalar.
Argumenta o
jumento:
-
Acho melhor você
me ajudar...
E profetiza:
-
Vai que durante
a viagem eu
sofro um avecêdomiocárdio??? Ai
vai sobrar tudo
para você carregar...
O
cavalo esnobe fez
questão de não
ouvir.
A
comitiva, como a
fila e a vida, anda.
Parece que o jumento
tava era adivinhando... A
profecia aconteceu.
De
tanto que carregou
a carga, que
não tem culpa
de nada,
O jumento
estatelou – se e, com
o peso sufocante
Morreu.
Bastante estrada
ainda havia a
seguir.
O
dono,
O patrão,
O mandão
Vendo a
situação,
Recolheu todo
o mantulão,
Atirando tudo
que havia e
mais alguma coisa
nas costas do
cavalo esnobe,
Sem misericórdia
E sem
perdão.
Disse: “vambora,
cavalo. Chegou a
tua vez.
Moral da
História
Divida o
fardo para não
ter de carregá – lo sozinho,
pois quando se presta
ajuda a um
semelhante, estamos ajudando
a nós mesmos.
Reescrita de “O Cavalo
e o Jumento”,
do livro “O
Jumento, Nosso Irmão”,
do Padre Antonio
Vieira.
Ainda aguardo o seu comentário ou sugestão, caro blogonauta.
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