O POBRE DOENTE
Cirano de Bergerac
Madelon,
estou tão doente!
Olhos
cavos, pálido, ossudo,
-
dos meus joelhos,
sinceramente
não sei qual
seja o mais
pontudo...
Eu nem mais
posso dizer “sou
louro”,
Que os meus
cabelos já longe
vão...
O que antes
era cabeludo,
Está
liso e raso
como um limão.
Não há no
mundo maior riqueza
Do que a
do pobre que
é pobre e são,
Mas é a
mais negra e
vil pobreza
Não se ter
saúde, nem se
ter tostão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário