quarta-feira, julho 15, 2015

DE CRATEÚS para UBAJARA: RAIMUNDO JÁCOME




RAIMUNDO  JÁCOME  DE  MELO
                                                                                     Uma  história,  uma  vida.

                  RAIMUNDO  JÁCOME  DE  MELO  nasceu  em  Crateús,  Ceará,  em  13  de  novembro  de  1921.  Sua  formação  escolar  limitou – se  aos  estudos  primários  em  casas  familiares  e  cursos  internos  na  Polícia  Militar.  A  carreira  militar  foi  suspensa  por  ele  para  acompanhar  tratamento   de  sua  genitora  Maria  Bezerra  do  Espírito  Santo,  cuidar  de  oito  irmãos  e  ajudar  o  pai  Vicente  Jácome  de  Melo  nos  trabalhos  da  fazenda.  Abandonando  a  carreira  militar,  retoma  o  gosto  pela  poesia;  dessa  experiência,  em  parceria  com  Francisco  Jacome  de  Melo,  escreve  o  livro  OS  PRANTOS  DO  SERTÃO,  entre  outros,  com  os  temas  sofrimento,  seca,  mas,  sobretudo  a  fortaleza  do  homem  nordestino.  Em  30  de  maio  de  1950,  casa – se  com  Maria  Vilani  de  Melo.  Dessa  união  tem  sete  filhos.  Em  24  de  abril  de  1953  chega  a  Ubajara,  onde  trabalha  no  comércio  com  o  poeta  Bahé  Macedo,  nascendo  daí  uma  forte  amizade  comercial  e  literária.  Homem  simples  do  sertão,  compõe  poesias,  repentes.  Sua   obra   estabelece  três  aspectos  distintos:  sertanejo,  religioso  e  cotidiano,  com  inconfundível  toque  pessoal,  incorporou  vocábulos  e  motivos  populares.  Praticamente  todo  o  acervo  permanece  sem  publicação,  salvo  algumas  participações  especiais  no  Ceará  Caboclo  e  Meu  Chodó,  programas  transmitidos  pela  Tv  Cultura – Ceará.   
                   Pelo  amor  a  Ubajara  e  preocupado  com  a  juventude,  a  classe  operária,  o  divertimento  e  a  cultura,  reúne – se  a  Albertino  Alves  da  Silva,  Luis  Fernandes  de  Sousa,  Francisco  Jácome  de  Melo,  José  Aniceto  de  Sousa,  Lindolfo  Cunha  Freire,  Manuel  Franklin  de  Paiva,  Paulo  Furtado  de  Mendonça,  Raimundo  Mulato,  Lourenço  Vieira  da  Silva,  Raimundo  Batista  de  Sousa,  entre  outros  e  fundam  em  8  de  dezembro  de  1940,  o  Ciclo  Operário  São  José,  mais  tarde  União  Operária  São  José  de  Ubajara,  instituição  que  Francisco  Jácome  de  Melo  se  torna  seu  primeiro  secretário.
              Dedicado  às  causas  do  município,  torna – se  um  dos  principais  conselheiros  da  administração  de  Flávio  Ribeiro  Lima  e  de  Francisco  Pinto  Henry.  Viu  Ubajara  crescer  e  se  desenvolver.  Homem  religioso,  fez  parte  da  Congregação  Mariana  e  de  outras  entidades  religiosas,  tendo  participação  ativa  no  aconselhamento  de  práticas  de  fé.  Raimundo  Jácome  de  Melo  confunde  - se  com  a  própria  história  de  Ubajara. 
                  Fonte  de  consulta  por  estudantes,  professores,  poetas,  escritores,  que  procuram  beber  do  seu  conhecimento.    Monsenhor  Francisco  Tarcísio  Melo  o  considera  uma  lenda,  um  livro  aberto  repleto  de  mitos,  contos,  fatos.  Enfim,  um  puro  conhecedor  da  História  de  Ubajara.  O  homem  forte  que  Ubajara  aprendeu  a  amar  e  admirar.
                                                                                                               A  família. 

                  RAIMUNDO  JÁCOME  DE  MELO  faleceu  em  2011. 
ACRÉSCIMO:  Datado  de  20  de  Março  de  1998,  o  então  vereador  Francisco  Gregório  dos  Santos  Vieira  Júnior  apresentou  projeto  de  concessão  de  título de  CIDADANIA  UBAJARENSE  ao  sr.  Raimundo  Jácome  de  Melo.  A  matéria  foi  aprovada  pelos  demais  vereadores,  resultando  no  Decreto  Legislativo  de  número  005/98, de 20/05/1998. 
                                                                                      FONTE:  arquivo  Câmara  de  Vereadores  de  Ubajara

Um comentário:

  1. MELO, Francisco Jácome de – Natural de Crateús (CE). Residiu no Piauí. Poeta do nível de Hermes Vieira e de Catulo da Paixão Cearense. Bibliografia: "Prantos do Sertão" (1965). Lamentavelmente, em prejuízo da divulgação do próprio autor e de sua atividade literária, a obra não apresenta dados biográficos

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