quarta-feira, setembro 24, 2014

MINHA MÃEZINHA FAZIA PÃO DE LÓ

          Chafurdando  hoje  nos  meus  papéis,  que  são  vários  livros  e  outros,  encontrei  a  RECEITA  DE  BOLO  que  a  seguir  vai.  É  a  receita  do  PÃO  DE  MEL  TATÁ,  que  está  no  RECEITAS  SABOROSAS - CULINÁRIA  DONA  MARIA,  uma  publicação  do  GRANDE  MOINHO  CEARENSE  S.A.   
           Lembro  bem  que  minha  Mãe  (  é,  com  M  maíusculo   mesmo,  pois  minha  heroína )  fazia  um  pão  de  mel  ou  melhor  PÃO  DE  LÓ  de  primeira  linha  e  que  eu,  quando  dizia  que  tinha  comido  um,  três  já  tinham  ido.  
         Ela  utilizava  a  rapadura,  que  era  pisada.  No  caso  do  Pão  de  Mel  que  passo  a  receita,  é  utilizado  o  açúcar  mascavo  (  dá  na  mesma,  quase )  e  há  outros  ingredientes  que são,  se  não  me  engano  agora,  o  chocolate  e  o  mel  de  abelha.  Taí:


            Em  tempo:  quem  fizer  o  PÃO  DE  MEL  TATÁ  me  mande  UNZINHO  só!
     

O ASSUNTO É VOTO E VOTAR

A  fonte  é  o  DIÁRIO  DO  NORDESTE  de  hoje,  24  de  outubro,  12  dias  antes  das  eleições.  Note - se  que  há  um  "quase" movimento  contrário  aos  "políticos  de  carteirinha"  assinada,  os  políticos  que  fazem  da  política  um  emprego  profissional,  pois  se  reelegem  por  várias  legislaturas.

  

SINFRÔNIO: MAIS UMA BOA!

Com  o  rótulo  de  SEM  PALAVRAS,  veja  o  que  o  cartunista  SINFRONIO  criou  desta  vez.


sexta-feira, setembro 12, 2014

OS CORUMBAS, de AMANDO FONTES

Esta  é  uma  indicação  de  leitura.  Quando  li  OS  CORUMBAS,  há  bastante  tempo,  logo  me  apaixonei.  Romance  de  uma  clareza  tão  clara  que  é  quase  poesia.  Leia  e  se  delicie  com  tanta  beleza.  Segue aí  a  resenha  do  livro.

 

Resenha do Romance Os Corumbas de Amando Fontes

Amando Fontes, Autor do romance "Os Corumbas"
INTRODUÇÃO
        Lançado em 1933, os Corumbas trata-se de um romance que retrata o drama de uma família de sergipanos que decidem migrar para a capital do seu Estado, ante a auspiciosa perspectiva de conseguirem melhores empregos e uma vida decente na “promissora” Aracaju do século XX. Sá Josefa e Geraldo são o casal que, junto com os seus 5 filhos, compõem a família que protagoniza a história do romance.

RESUMO DA OBRA
Começando com uma espécie de prólogo (a primeira parte do romance), a história mostra como viera a se dar o relacionamento entre Josefa e Geraldo, e os motivos que levaram a família inteira a saírem de sua pequena cidade do interior para irem viver e trabalhar na capital. Ao se instalarem em Aracaju, o pai da família, junto com os seus três filhos mais velhos (Rosenda, Albertina e Pedro) se empregam na companhia sergipana de fiação (A Sergipana). As condições em que a família vive são muito difíceis. E os graves incidentes que, de pouco a pouco, vão acometendo a família, acabam por agravar ainda mais a sua situação. A fuga de Rosenda é o primeiro destes incidentes, no qual, Rosenda, apaixonada pelo cabo Inacio dos Santos, decide abandonar o seu lar, ante a desaprovação de seus pais ao namoro. Depois, há a prisão de Pedro, único filho homem da família, o qual, ao tomar partido da greve do operariado Sergipano, acaba por sofrer do mesmo fim que o seu amigo, Jose Afonso (responsável pela introdução de Pedro aos ideais do comunismo), sofre: A prisão junto com a deportação. Não obstante o abatimento emocional que esse segundo incidente viera a causar sobre a família, também houve um serio prejuízo em seu orçamento já afetado com a fuga de Rosenda. Em função disto é que a frágil Bela, mesmo estando com a sua saúde afetada, se ingressa no trabalho das fabricas. Entretanto, a exaustão dos serviços na fabrica acabam por agravar ainda mais a saúde de Bela, e logo a família se vê aflita quanto a sua sobrevivência e quanto aos gastos que irão ter com o seu tratamento e. E é nesse momento que surge o personagem do Dr Silva Fontoura, medico assistente da Fabrica têxtil, na qual, Albertina trabalhava desde que fora expulsa da Sergipana logo após uma discussão que esta tivera com o seu contramestre por causa de seus constantes assédios. É Albertina quem tem a idéia, e que também vai solicitar o auxilio do Dr. Fontoura para o caso de Bela, sendo que este o aceita, meramente motivado pelos seus interesses libidinosos por Albertina, que se acendem logo na primeira vez em que o Dr. Fontoura a vê. Vendo a Irma inativa, definhando aos poucos, Caçulinha decide se empregar também. Moça estudada e bonita, Caçulinha consegue emprego no escritório da companhia sergipana de fiação, e algum tempo depois disso, Bela morre. Os momentos finais da obra são constituídos pela perdição de Albertina, a qual, afinal, acaba se entregando ao Dr. Fontoura; e a paixão e posterior perdição de Caçulinha com o sargento Zeca, uma figura com a qual Caçulinha passa a manter relacionamentos logo após o conhecê-lo numa festa. A obra se encerra com o angustiante retorno de Josefa e Geraldo a Ribeira, local em que viviam antes de irem morar em Aracaju, e onde, agora, ansiavam viver os seus últimos momentos de vida.

COMENTARIOS PESSOAIS E ANALISE DA OBRA 

Alem de se constituir em uma excelente obra ficcional, os corumbas também se constitui em uma excelente obra de denuncia social que oportuniza o conhecimento de algumas das problemáticas que perpassavam o operariado sergipano em seus primórdios, tais como, a exploração do trabalho infantil, a ausência de direitos trabalhistas, as condições perigosas e insalubres em que os operários trabalhavam, e a repressão contra todos aqueles que se mobilizassem contra a ordem trabalhista das fabricas. Todavia, dentro todos os temas e aspectos em que o romance se notabiliza, urge mencionar o destaque que as suas personagens femininas assumem no decorrer da trama.  Essa é uma obra na qual se pode perceber uma nítida preocupação do seu respectivo autor em querer mostrar para o leitor, como era a vida das mulheres pobres da Aracaju do século XX, principalmente, a daquelas ligadas ao operariado. Josefa, Rosenda, Albertina, Bela e Caçulinha, são personagens que ilustram a difícil vida das mulheres ligadas ao segmento popular. Outro ponto a ser salientado do romance é sobre o quanto que ele nos oferece um rico painel do que fora a Aracaju daqueles tempos e as pessoas que viviam nela, mostrando como era a alimentação, a indumentária, os costumes, as festas e os tipos sociais que desfilavam pela cidade.
        Falando um pouco sobre o estilo de Fontes, com base no que pude apreciar desse autor em Os corumbas, o seu estilo me fez lembrar ligeiramente o do escritor carioca Lima Barreto. O que eu achei em comum entre esses dois escritores fora o caráter eminentemente social de suas obras e a narrativa de fácil assimilação. Entretanto, enquanto que a obra de Barreto se notabiliza por ser aquilo que Sergio Buarque de Holanda, em prefacio da 2º edição de Clara dos Anjos, chamava de “(...) uma confissão mal escondida, confissão de amarguras intimas, de ressentimentos, de malogros pessoais, que nos seus melhores momentos ele soube transfigurar em arte” (BARRETO, 1961, P.9) Fontes demonstra seguir por um estilo literário onde o seu lado pessoal pouco interfere na constituição de suas obras. 
        Os corumbas é um romance que que deve ser lido por todos aqueles que queiram conhecer um retrato da miseria que vigorava entre o operariado sergipano dos primeiros tempos, a partir do qual, passamos a compreender melhor o histórico processo de exclusão social comun não só a realidade sergipana daquela epoca, mas a de todo pais.

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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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FONTES, Amando Os Corumbas. Rio de Janeiro. Editora José Olympio. 1967, 8º Edição

BARRETO, Lima. Clara Dos Anjos. São Paulo. Editora Brasiliense.1961, 2º Edição
 
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colhido  em  http://sergipeiiempauta.blogspot.com.br

quinta-feira, setembro 11, 2014

LER, sempre!

Ensinar a ler é ótimo; a interpretar é essencial

José Ruy Lozano*
Ninguém sabe ler de antemão, e isso não se refere apenas à decifração de códigos, letras e frases, mas sim ao desenvolvimento de capacidades leitoras diversas, como, por exemplo, a de inferir sentidos.
Frequentemente, a relevância da leitura para a vida em sociedade é debatida. São várias as preocupações de pais e educadores no que se refere às exigências sociais associadas a ela, seja em função de atividades profissionais que exigem comunicação verbal eficiente e boa redação; ou em função de necessidades mais gerais, relativas à inserção social, o que demanda saber ler diferentes tipos de texto, ou mesmo saber utilizar o nível de linguagem adequado a diferentes situações.
Ainda que existam, hoje, muitas mídias que viabilizam o acesso rápido e irrestrito a informações úteis para a vida cotidiana, o texto escrito é ainda o meio fundamental de obtenção do conhecimento. Isso porque ele oferece ao leitor possibilidades de interpretação e, portanto, maior autonomia. Quando lemos, também construímos os sentidos, pensamos autonomamente, elaboramos nossas indagações e recusamos, confirmamos e/ou redefinimos respostas. O leitor é aquele que reescreve o significado do texto a partir de sua interação com as intenções de quem escreveu.
Se a importância da leitura é consensual, a constatação de que nossos filhos lêem mal desperta grande inquietação, além do desejo de ajudá-los no processo de aquisição da capacidade de ler com eficiência e inteligência.
O primeiro passo para ensinar a ler textos de maior complexidade é justamente o de compreender o quão complexo pode ser, para as crianças e jovens, um texto que para nós, adultos, é relativamente fácil ou óbvio. Nesse processo, não existem obviedades. O que é claro e evidente para mim nem sempre o é para uma criança. Ela detém um repertório mais restrito, tanto de palavras quanto de experiências.
O que nos induz ao próximo passo: ensinar a ler exige a intervenção ou a mediação ativa de quem propõe a leitura, sejam pais ou professores. E tomando o cuidado de não ler para a criança, substituindo sua experiência de leitura. É preciso ler com a criança, questionando-a sobre passagens que ocultem implícitos importantes para a compreensão global do que se lê, além de estabelecer relações de significado que, de outro modo, passariam despercebidas.
Assim, estaremos ensinando que ler é mais do que decifrar letras: ler é pensar sobre o que se lê. E isso fará toda a diferença no futuro.
Outro elemento importante para permitir o aprendizado desta atividade é possibilitar o acesso da criança à maior variedade possível de textos, em diversas situações sociais de leitura. Ler é algo que se desenvolve por meio da imersão em sua prática, não atividade exercida de modo descontextualizado da vida em sociedade. De acordo com essa visão, o adulto precisa mostrar para a criança como os textos que circulam na sociedade podem ser usados, a fim de que ela compreenda os seus sentidos.
Charges ou tirinhas de jornal, por exemplo, muitas vezes não são compreendidas pelos mais novos. “O que tem de engraçado aqui?” perguntam-se. Isso ocorre quando o efeito de humor passa por um dado cultural desconhecido pelo jovem leitor. Esse dado pode ser apenas uma palavra de duplo sentido ou até mesmo um pressuposto que exige o reconhecimento de fatos políticos ou históricos. Propagandas estabelecem relações de sentido que podem ser inferidas de acordo com a intenção daqueles que as produziram e com o público a que se destinam os produtos. Uma notícia pode ser escrita com diferentes intencionalidades, visando a finalidades que não são apenas as de informar. Da mesma maneira, um artigo de opinião pode refletir tendências ideológicas de quem o publica.
Compreender essas relações não é fácil, nem pode ser dado como pré-requisito. Como já se afirmou aqui, ninguém sabe tudo de antemão; ou seja, a criança precisa ser ensinada a ler com profundidade. Ao questionarmos nossos filhos sobre todas essas complexidades, em diversas situações sociais, estaremos evidenciando a eles que ler envolve “um montão de coisas”, o que provavelmente os induzirá a ler não somente com maior atenção, mas também de modo mais inteligente.
A atitude do adulto diante da leitura deve ser positiva, se ele quiser influenciar o jovem a ler mais e melhor. Essa postura inclui necessariamente um envolvimento afetivo com o que lê. O adulto é quem oferece um modelo de leitura para o aluno-leitor, servindo-lhe de exemplo e espelho. Caso a criança não reconheça a importância da leitura nas atitudes do adulto, seu modelo, qualquer estratégia será em vão. Continuamos ensinando melhor por nossas obras do que por nossos discursos.

* Professor do Ético Sistema de Ensino (www.sejaetico.com.br), da Editora Saraiva, e licenciado em Ciências Sociais e Letras pela Universidade de São Paulo (USP)
fonte: http://www.jb.com.br/sociedadeaberta/noticias/2011/05/13/ensinar-a-ler-e-otimo-a-interpretar-e-essencial/

DO NINHO DAS ÁGUIAS

A  escrita  a  seguir  é  de  Esmerino  Magalhães  Neto.  Está  no  livro  LUAR  DAS  ÁGUAS  Poesia


terça-feira, setembro 09, 2014

CENTENÁRIO: RELAÇÃO DE PREFEITOS DE UBAJARA


         Esta  é  a  RELAÇÃO  DE  PREFEITOS  DE  UBAJARA,  desde  1915  até  os  dias  atuais.  Foi  um  trabalho demorado,  feito  por  este  servidor, com  base  nos  arquivos  do  Poder  Legislativo  Municipal  e,  tudo  filtrado,  está  aí  o  resultado  final.




terça-feira, setembro 02, 2014

SIMPLESMENTE SIMPLES

         ADÉLIA  PRADO  escreve  sem  necessidade  de  roupagem  emplumada,  aveludada. 
Ela  escreve  o  nu  do  cotidiano.  Simplesmente  risca  no  papel  as   impressões  que  lhe  surgem  do  embate  diário.  


IMAGINE de BRINDE

NO  WORDS!


Sobre CANDIDATURA DE MALUF

          QUANDO SERÁ  O  DIA  DA  MINHA  SORTE?  (  já  dizia  o  compositor)

          O  assunto  é  interessante.  Não  pelo  fato  de  negação  da  candidatura  de  Paulo  Maluf,  lá  em  São  Paulo.  É  interessante  para  chamar  a  atenção  para  alguns  "nós"  que  enfrentamos  no  nosso  dia  -  a  -  dia.  A  burocracia,  a  leniência  e  a  preguiça  de  servidores  municipais,  estaduais  e  federais,  aliadas  à  corrupção  -  que  sabemos  é  uma  "pereba" (  ferida )  bem  grande,  nos  prejudicam  a  boa  existência.  
         Há  ainda  a  considerar,  e  é  este  o  caso,  a  possibilidade  de  RECORRER  na  justiça  em  ações  perdidas  que  é  dada  aos  mais  espertos  e  endinheirados.  Assim,  fulano  perde  na  primeira,  recorre  na  segunda  e  na  terça  e  na  quarta,  até  no  domingo.  Tem  dinheiro  para  pagar  advogados  lisos.  Lisos  não  de  dinheiro,  mas  lisos  quando  é  o  caso  de  "passar"  entre  os  obstáculos, sempre  na  "defesa"  do  cliente.  Há  ainda  duas  figuras,  uma  masculina  e  uma  feminia,  bastante  conhecidas  do  meio,  mas  fácil  para  quando  o  defendido  tem  money:  habeas  corpus  e  impunidade.  
            Eta  Brasil! 

BANCO DE BIOGRAFIAS

REPLAY GRUPO DE MÃES DE ALUNOS

  da  ESCOLA  GRIJALVA  COSTA,  no  centro  de  Ubajara.  Década  de  70 A  professora,  em  pé,  ao  fundo,  era  Zuleide,  que  foi  morar...