quarta-feira, janeiro 18, 2023

de CHICO OCOSTA PARA UBAJARA

 

UBAJARA - CEARÁ

PARABÉNS POR SEUS 107 ANOS

 

De taipa foi Jacaré

Em estado de arraial

Foi destruída por fogo

Com adobe, outro visual

Só um povo solidário

Que viu aquele cenário

Fez reforma magistral

 

Ibiapina lhe queria

Conservar como distrito

Buscar a emancipação

Insurgiu do povo um grito

Veio antes que se acinze

Mil novecentos e quinze

Sem morte ou plebiscito

 

Não há um lugar sem nome

Casa aqui e ali, um arruado

O tal nome Jacaré

Serviu até ser povoado

Próspero e majestoso

Seu povo ficou vaidoso

Com Ubajara emancipado

 

Serra ao se olhar do sertão

É um grande e alto rochedo

Em cima tem Ubajara

Bela sem nenhum segredo

Subindo achá-la-á

E nela encontrará

A cultura em seu enredo

 

Ubajara suntuosa

Sem igual beleza pura

Encravada na Ibiapaba

Berço maior da cultura

Filhos teus dado as letras

Parecem sair das gretas

Vultos da literatura

Cidade de Ubajara

Do saber a moradia

Por que será que teu povo

Tem sempre que gerar cria

Surgiu um de conteúdo

Que ao se debruçar no estudo

Foi membro da academia

 

Disse Oscar Magalhães

Por ter a sabedoria

“E por ti nasci poeta”

No hino José Maria

“Em palavras de amor”

Em sua alma o fervor

Encerra com maestria

 

No organizar político

Pergentino o prefeito

Também Oscar Magalhães

Por quatro vezes eleito

Imagine o bem ao povo

Quando demorava o novo

Que cada um deve ter feito

 

Francisco Pinto Henry

E Flávio Ribeiro Lima

Fizeram trio de prefeitos

Com Lauremiro de estima

Os ônibus Cajazeira

Na loja de Zé Ferreira

Serra abaixo e serra acima

 

Senhor Domício Pereira

Homem de visão melhor

Um empresário de peso

Fez-se industrial maior

Foi prefeito com apego

Empresas suas dão emprego

E ubajarense o suor.

 

 

Povoado Jacaré

Precisava de um orago

A crença religiosa

Dá ao cristão o afago

E por indulto se doa

Na fé de que Deus perdoa

Todo pecado foi pago

 

Vigários da paróquia

Inácio e Otacílio

Domingos e Moacir

Estes antes do concílio

Tarcísio o Monsenhor

Por Deus grande louvor

Ao rebanho em auxílio

 

Pai adotivo de Cristo

E querido padroeiro

Sessenta anos dedicados

Ao São José carpinteiro

Monsenhor Tarcísio Melo

Fervoroso e singelo

Nosso fiel conselheiro

 

Antes na torre da igreja

Ecoou os alto-falantes

Da loja “Agencia Miranda”

Com os sons mais possantes

Cine Teatro Iveli

Filme, show, rir, tudo ali

Com plateias empolgantes

 

Durante o dia a luz do Sol

A fraca luz da caldeira

Surgia na boca da noite

Gente sentada em cadeira

Deu onze, tudo às escuras

Não se via mais criaturas

Salvo pai atrás de parteira

 

 

Nossa Senhora de Fátima

Nome dado ao Patronato

As irmãs de caridade

Há na história o relato

No ginásio São José

O seu Albertino de fé

Foi mestre em obra de fato

 

Ubajara cobiçada

Tem Parque Nacional

Com fauna em matas densas

És um berço cultural

Linda por mando de Deus

Felizes os filhos teus

Nada em ti é casual

 

Quando em visita a gruta

Nada cai, siga sem medo

Momentos de reflexões

Nas entranhas do rochedo

Se eleve e tenha calma

Encha de brilho a sua alma

Do que ao breu há em segredo

 

São segredos fascinantes

Que ao menor sinal de luz

Faz brilhar o imenso oculto

Que o espectro reproduz

Por ladeira ou teleférico

Um ambiente atmosférico

Montanhês que nos seduz

 

Embora morando longe

Tem-se noção do dia-a-dia

Coube ao poeta retratar

Onde antes foi moradia

Minha querida Ubajara

Palmeira também é jara

Tu me geras alegria

 

 

 

Dados a prosa e poesia

E que contam teu encanto

Filhos teus que vivem longe

Que deitam sem teu acalanto

De ti herdaram a arte

Só sabe alguém que parte

Ti escrever doutro recanto

 

21 das 66 estrofes do cordel 2013

Cidade de Ubajara - Onde o belo e a cultura fizeram moradia

 

Poeta CHICO OCOSTA

São Paulo, 24/08/2022


terça-feira, janeiro 03, 2023

BANCO DE BIOGRAFIAS

REPLAY GRUPO DE MÃES DE ALUNOS

  da  ESCOLA  GRIJALVA  COSTA,  no  centro  de  Ubajara.  Década  de  70 A  professora,  em  pé,  ao  fundo,  era  Zuleide,  que  foi  morar...