quinta-feira, agosto 29, 2013

BOAS PARA PENSAR!




IAGOÓÓÓRA!  (  expressão  ouvida  nesta  Urbe)
A  manchete  do  jornal  diz: “CÂMARA  NEGA  CASSAÇÃO  DO  MANDATO  DE  DONADON”.  Primeiro:  o  nome  do  cara  deveria  ser  DANADÃO,  mesmo!  Fez  um  bocado  de  lambanças  com  o  dinheiro  público  no  norte  do  País.  Segundo:  é  trágico  e  não  é  NOVIDADE.
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DURA  LEX
Não  se  trata  dos  produtos  duralex.
Dura  Lex,  sed  Lex.  A  lei  é  dura,  mas  é  a  Lei.
Conforme  Fernando  Sabino,  para  os  ricos  “é  DURA  EX,  SED  LÁTEX  que  quer  dizer  “A  LEI  É  DURA,  MAS  ESTICA”.   
É  QUASE  UMA  NORMALIDADE.  O  dinheiro  faz  sumir  processo,  dormir  processo,  queimar  processo;  faz  até  sumir  as  principais  PEÇAS  do  jogo.
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É  O  DÓLAR!!!
A  moeda  americana  está  sob  controle:  os  preços  ( do  pãozinho,  por  exemplo )  está  quieto.  O  dólar  começa  a  subir.  O  Governo  Federal  vende  dólar  para  aquietar  o  mercado.  Nada:  o  dólar  continua  subindo.  E  com  ele,  o  pãozinho  começa  a  apresentar  preço  alto  e  assim  outros  gêneros  de  nossa  mesa  de  cada  dia  que  Deus  dá.  Interessante:  quando  o  dólar  baixa,  as  contas  continuam  altas,  os  gêneros  alimentícios  não  tem  os  seus  preços  alterados  para  baixo. 
É  uma  gangorra  que  apenas  sobe! 

DÊ UMA FORÇA

             À  FORÇA  ESPIRITUAL  que  é  o  GRUPO  CENTRAL  DE  ALCOÓLICOS  ANÔNIMOS  de  Ubajara  que  completa  36  anos  de  grandes  obras  realizadas  em  prol  das  famílias  de  nossa  cidade.
             Parabéns,  Alcoólicos  Anônimos!



 

terça-feira, agosto 27, 2013

da LAVRA!!!!



QUANTA  BELEZA


Grandes  capuchos  de  algodão [ doce  ]
se  espalham  no  chão do  firmamento 
da  quase  final  de  tarde 
fantasticamente  linda:
A  beleza  habita  em  todo  o  Universo.

Mas  poucos  homens  se  dão  conta
De  quanta  e  rara  beleza,
Está  representada  nas  obras  do   Criador,
Dispersas  em  cada  fragmento
Dotado  ( ou  não  )  de  dinâmica.

Não  são  belas  somente  as  estrelas
Pelo  seu  brilho  constante
Até  que  sucumbam  na  escuridão  do  abismo.
Não  são  somente  belas   
as  orquídeas  por  serem   variegadas.
São  belas  as  pequeninas  flores
Nascidas  no  mais  fétido  pântano.
São  belas  as  folhas  da  bananeira,
As  montanhas  e  as  pedras
Do  caminho  silvestre
Pintado  de  pequenos  pontos  matizados,
Onde  as ( também  belas ) abelhas  mansas
Colhem  o  seu  alimento  todos  os  dias. 

Está  nos  olhos  a  beleza 
De  quem  a  vê,
Na  sua  singeleza,
Sem  compromisso 
e  sem  preconceitos.
 EUMESMO










sexta-feira, agosto 23, 2013

MORRE UM UBAJARENSE (HÁ QUASE 4 ANOS )

Há  mais  informações  sobre  LOS  INDIOS  TABAJARAS,  na  rede.  Busque!  Vale  a  pena!.



…”Na tarde do último domingo, 15 de novembro (2009), o violonista cearense NATALÍCIO “NATO” LIMA, 91 anos, radicado há várias décadas nos Estados Unidos, perdeu a longa batalha contra um câncer de estômago. Ele estava internado no Katerina Nursing Home, em New York City.”
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          Segundo todos os seus fascinados contadores a história de Los Indios Tabajaras é tão inacreditável que bem poderia ser uma história de cinema.  De todos estes contadores o mais feliz foram o próprio Nato Lima (Mussapere) e Luiz Nassif que conseguiu este fantástico depoimento dele, Mussapere-Nato, em 2004, por telefone, do qual  publicamos aqui alguns trechos:
“NASCI NA SERRA DO IBIAPABA, ENTRE PIAUÍ E CEARÁ. NESTA SERRA, EM 1929, EXISTIA UBAJARA, CIDADE PEQUENA, LUGAR FAMOSO HOJE. Naquela época não era. Um dia apareceu por lá uma tropa de militares, chefiada pelo tenente Hildebrando Moreira Lima.
Era muita gente e mudou nossa história. Não tínhamos cidade, éramos uma tribo mesmo, fomos criados na tribo Tabajara, morando em um terreno que não era nem Ceará nem Piauí, era uma área de litígio.
A tropa de militares foi para lá para amparar uma tropa que vinha do Piauí, de um lugar chamado Tucurutiba. Passaram por lá 20 dias. Fizemos amizade. Não éramos aqueles selvagens que todo mundo dizia que os índios eram. Nós estávamos a um quilômetro da beirada da serra.
Um dia meu pai saiu da aldeia e disse que viu um buraco enorme nos pé da serra. Nós estávamos na chapada e meu pai havia visto serra abaixo. Aí começou uma ventania, uma chuva e ele passou três dias ali. Quando voltou à tribo nossa, antiga, disse que nunca havia visto buraco tão grande. Viu lua sair do chão. Nós ficamos curiosos porque nunca vimos lua sair de lugar nenhum, apenas de trás das árvores.
Nós fomos em três irmãos até lá, chegamos lá e começamos a comer fruta enorme, besta, que não vale nada, chamada Ingá, maior que feijão e contém espécie de algodão em volta, muito doce, muito bom. Quando olhamos, vimos um violão, metemos a mão, fez aquele som, levamos um susto.
Levamos para tribo. Naquela época, os índios não deixavam ninguém chegar a menos de 600 metros dali. Vivíamos isolados. O violão causou transtorno na tribo. Havia outro som que escutávamos às seis da tarde, e não sabíamos o que era. Nós, pequenos, pensávamos que era violão. Era sino de cidade a uns 60 quilômetros dali, o sino de Ibiapina, assim chamada porque lá era terra completamente pelada.
Um dia um soldado levou flechada, era um soldado baiano, um mulatinho bonito. Os curadores da tribo curaram com infusões em menos de cinco minutos, uma espécie de leite que se faz da folha de uma árvore. Dois ou três pingos igual que leite. Depois de cinco minutos fica uma cola horrível. Nossos curadores curaram aquele soldado que caminhou na mesma hora. Os soldados ficaram muito admirados. Eles já tinham trazido caixão branco com cruz. Começou ali amizade entre ele e uma das meninas da tribo.
Quando soldados se foram começamos a sentir saudades do café, bolacha redonda de meio palmo e carne seca. Nós não conhecíamos, e também gostávamos da corneta dos corneteiros. Só tocava quando ordenado, mas algumas vezes tocava algumas coisas.
Eu tinha 8 ou 10 anos. Tribo tinha menos índios que soldados, que eram mais de mil. Nós éramos uns 700.
Diziam que meu pai era guerreiro ou chefe. Não era. Ele perdeu o colar de guerreiro, porque na tribo o guerreiro ganha aquele colar de dente de onça. E o pai perdeu por coisa incorreta que fez. Não permitiam nem que ele caçasse. Para casar necessita ser guerreiro. Como tinha casado antes de perder o colar, tinha 13 filhos.
A mãe estava grávida do 14º, todos homens, cada um com seu número no nome. Mas a gente dava número e não conseguia contar mais que cinco. Toda noite contava as estrelas e não passava de cinco.
Usavam muito medicina de mato. Eu gostava de comer barro e passava mal. Tinha vício daquilo e quase morri. Os curadores diziam que eu iria morrer daquilo, porque criava bicho na barriga.
Os militares foram embora, mas nos deixaram batizados. Padre que se chamava Magalhães, andava sempre de preto e se ajoelhava, a gente ficava admirado. Na cidade tinha gente de todas as cores, preto, branco, loiro, alguns com barba no rosto.
No Rio, começamos a tocar na rua. E nos jogavam algum dinheiro e a gente ia vivendo bem, mas dava muito vergonha porque éramos grandes, já.
Dali saímos a viajar no Circo, fomos a Belo Horizonte. Durante o dia fomos a um cassino e conhecemos artistas, o Alvarenga e Ranchinho. Até falei para a minha esposa que quer ir lá, porque tinha águas quentes…E fui também para Ouro Preto e Alto do Rio Doce. Chegamos a ir até a rádio Nacional, depois de voltar do Cassino da Pampulha.
Eu disse ao Alvarenga: agora nós temos um som de qualidade. Mas temos problema, porque o cassino em que vocês trabalham quer nos contratar, mas nós temos contrato com o circo, que não paga coisa nenhuma. Ele disse: “vocês vão me levar ao circo que falo com o dono e rompo com o contrato de vocês. Agora à noite, quando for tocar, vocês desafinam os dois violões e cantam muito ruim, o pior que vocês podem. O dono do circo vai ficar muito zangado”.
O dono do circo sabia que nós éramos dos índios e tínhamos estampa boa, mas não sabia que a gente cantava. O povo aplaudia por causa da roupa indígena e da simpatia, mas o talento era muito ruim.

quinta-feira, agosto 22, 2013

AS MINAS DE ARATICUM, por SADOC DE ARAÚJO




As  minas  de  Araticum

“Ordem  Régia  de  Dom  João  V,  datada  de  27  de  março  de  1730,  proibia  o estabelecimento  de  minas  no  Brasil,  exceto  nas  Gerais.  Nem  por  isso  as  notícias  sobre  a  existência  de  metais  preciosos  no  subsolo  do  Ceará  deixaram  de  ativar  a  avidez  de  aventureiros  que  a  todo  custo  tentavam  conseguir  a  suspensão  da  determinação  real.  A  exploração  de  minérios  e  a  busca  de  tesouros  escondidos  foi  sempre  um  estimulante  para  o  desejo  de  enriquecer  e  lucrar  latente  n o  coração  do  homem.  Foi  com  este  propósito  que  a  17  de  junho  de  1738,  Antonio  Gonçalves  de  Araújo  adquiriu  a  sesmaria  concedida  a  8  de  janeiro  de  1730  a  Manuel  Francisco  dos  Santos  Soledade,  terreno  onde  se  suspeitava,  desde  muito  tempo,  existir  minas  de  prata,  exatamente  no  local  onde  hoje  se  encontra  a  povoação  de  Araticum,  município  de  Ubajara,  no  sopé  da  serra  da  Ibiapaba.  Antonio  Gonçalves,  homem  perseverante,  arbitrário,  ganancioso,  enviou  ao  Conselho  Ultramarino  requerimento,  com  longa  exposição  de  motivos,  solicitando  permissão  especial  para  explorar  as  minas  de  prata  existentes  em  terras  de  sua  propriedade,  tendo  em  vista  as  enormes  vantagens  para  a  fazenda  real.
Corria  o  boato  de  que  havia  “tanta  prata  na  ladeira  de  Ubajara  que  os  índios  a  derretiam  como  caieiras  deitando  lenha  em  cima”.  Diante  de  tais  informações,  o  Conselho  Ultramarino  não  tergiversou  em expedir  Provisão  Régia,  datada  de  20  de  abril  de  1939,  concedendo  ao  peticionante  autorização  para  explorar  a  mina.
Antonio  Gonçalves  deu  início  imediato  aos  trabalhos  utilizando  como  mão – de – obra  dezenas  de  índios  fortemente  motivados  pelo  salário  e  pela  curiosidade.”!
Ao  final,  Antonio  Gonçalves  de  Araújo  não  obteve  nenhum  lucro,  pois,  analisado  por  uma  comissão  composta  de  João  Cristóvão  Sporgel ( alemão ),  Jean  Fontenelle ( francês ),  João  de  Oliveira  Carnide  e  Estevão  Gomes  Madeira ( portugueses ),  o  material  recebeu  parecer  negativo. 

Sadoc  de  Araújo.  Pe.  F.  Estudos  Ibiapabanos,  ,  Imprensa  Universitária – UVA – Sobral Ce. 1979.  (  de  minha  propriedade ).

BANCO DE BIOGRAFIAS

REPLAY GRUPO DE MÃES DE ALUNOS

  da  ESCOLA  GRIJALVA  COSTA,  no  centro  de  Ubajara.  Década  de  70 A  professora,  em  pé,  ao  fundo,  era  Zuleide,  que  foi  morar...