sexta-feira, julho 20, 2012

O TRÁGICO INCÊNDIO: 1884 ou 1881?


O  INCÊNDIO  DA  VILA  DO  JACARÉ

                   A  Revista  do  CINQUENTENÁRIO    à  página  6,  dos  “Apontamentos  para  a  História  de  Ubajara”,  de  Hemetério  Pereira,  traz informação  dando  conta  de  que  o  incêndio  que  destruiu  a  vila  do  Jacaré  ocorreu  em  1884: “Este  primeiro  povoado  foi  totalmente  destruído  no  dia  8  de  Outubro  de  1884,  por  violento  incêndio  que  não  ocasionou  vítimas  pessoais  mas  acarretou  vultoso  prejuízo  material”.  Também  na  mesma  revista,  R.  Cunha,  ou  Major  Cunha,  como  era  mais  conhecido  e  de  saudosa  memória,  no  seu  “Incêndio  e  Milagre”  afirma  ter  acontecido  o  incêndio  em  1884,  “por  incúria  de  uma  doméstica,    alastrou – se  um  grande  incêndio,  destruindo  todo  o  povoado”. 
                  Acontece  que,  consultando  o  Dicionário Histórico  e  Geográfico  da  Ibiapaba,  produzido  por  Pedro  Ferreira  e  publicado  em  1935,  à  página  152,  está  dito  que   “ O  povoado,  que  era  composto  de  simples  vivendas  cobertas  de  palha,    ia    prosperando,  embora  lento  e  lento,  quando,  em  1881,  foi  casualmente  incendiado e,  por  isto,  os  seus  habitantes,  no  mesmo  ano,  mudaram – se  para  a  banda  setentrional  da  referida  lagoa (...)”.
                  Em  primeiro  lugar,  chamo  a  atenção  do  Blogonauta  para  a  questão  dos  anos  da  publicação  dos  dois  trabalhos  -  a  Revista  e  o  Dicionário.  A  Revista  citada  foi  editada  em  1965,  enquanto  que  o  dicionário  veio  a  lume  bem  antes  e,  claro,  com  mais  proximidade  do  trágico  incêndio.  Outra  informação  que  serve  para  justificar  que  a  informação  do  Dicionário  Histórico  e  Geográfico  da  Ibiapaba  está   correta  está  contida  no  decorrer  do  texto  acima  citado: “E  tanto  assim  que,  em  virtude  da  lei  provincial  n.  2026,  de  12  de  outubro  de  1882,  a  mesma  Câmara  ( de  Ibiapina )  foi  autorizada  a  pagar  o  ordenado  do  primeiro  fiscal  e  do  zelador  do  arraial  Jacaré”. 

                      Ficam  aí  as  informações  para  que  os  estudiosos  analisem  e  tomem  posição  visando  a  divulgação  da  informação  correta.
MeCosta.  Mecostarte.  Julho/12 

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