segunda-feira, fevereiro 01, 2016

ZONA DE LITÍGIO: CRATEÚS E PARNAIBA

                                             Repercutindo  matéria  divulgada  no  diário  do  nordeste.

          O  título  desta  postagem  refere - se  à  zona  de  fronteira  entre  os  dois  estados  citados  e  que  envolvem  vários  municípios  da  nossa  Ibiapaba.  E  a  história  é  longa,  vem de  muito  longe,  desde  quando  somente  existia  o  aldeamento  de  Nossa  senhora  da  Ibiapaba,  localizado  na  região  do  atual  município  de  Viçosa.  Os  governos  da  provincia  queriam  anexar  a  Ibiapaba  e  a  situação  perdura  até  hoje,  na  ausência  de  uma  tomada  de  posição  responsável  das  autoridades  dos  dois  estados ( PI  e  CE ).
           Desta  forma,  quem  mora  na  zona  de  litígio,  deve  definir - se  como  do  Litígio  e  não  do  Ceará  e  nem  do  Paiuí.  E  morrem  os  moradores  da  área  sem  ajuda  de  qualquer  tipo,  pois  não  tem  a quem  recorrer  na  hora  da  onça  beber  água.  
       
             Êita,  Brasil!!!!
                                                                                                                    comentário  do  blogger.


Histórico

As disputas territoriais entre Ceará e Piauí remontam ao século XVII, mais precisamente ao ano de 1656, quando a capitania secundária do Ceará foi separada da capitania-geral do Maranhão e Grão-Pará, que incluía a área hoje do Piauí, e anexada à capitania-geral de Pernambuco. A explicação é do historiador e professor da Universidade do Vale do Acaraú (UVA) e de cursinhos pré-universitários, Airton de Farias, autor de vários livros sobre História do Ceará.
Enquanto o Ceará tinha importância política menor dentro do projeto colonial português, o Maranhão passou a reivindicar a posse do aldeamento indígena Nossa Senhora da Ibiapaba, conhecido como Missão da Ibiapaba, onde hoje está o município de Viçosa do Ceará. “Era um dos maiores aldeamentos da América, com grande presença de índios, fundamental para a obtenção de mão-de-obra escrava. Os escravos negros eram muito caros, e o Piauí não tinha como comprar. Vem daí, a disputa pela região. Não é apenas por terras”, explica o historiador.
Em 1799, o Ceará tornou-se independente, mas as disputas pela região da Ibiapaba continuaram. A separação do Piauí em relação ao Maranhão, em 1811, não atenuou a disputa. “Várias vezes, se pretendeu anexar a Ibiapaba, ora ao Ceará, ora ao Piauí”, narra.
O caso da Parnaíba
Um dos marcos da disputa entre Ceará e Piauí foi o acordo proposto em 1880. Conforme Airton de Farias, os piauienses precisavam de um pedaço de mar para exportar algodão. Como um gesto de “boa vontade” com os vizinhos, o Ceará cedeu a localidade de Amarração, que fazia parte do município de Granja. Em troca, recebeu do Piauí a região de Príncipe Imperial. Hoje, essas áreas correspondem aos municípios de Parnaíba e Crateús, respectivamente. Mas o acordo político não foi bem costurado e acabou estendendo as indefinições acerca da divisa entre os Estados, criando a área de litígio que persiste até hoje.
Na opinião de Airton de Farias, do ponto de vista histórico, o problema dificulta a existência dos habitantes dessas áreas e a criação de um sentimento regional deles com a a terra onde vivem, visto que há diferenças culturais entre o Ceará e o Piauí. “Você é ligado culturalmente a qual Estado? Como o Estado vai fazer políticas públicas para essas pessoas? ”, questiona.
Fonte: Diário do Nordeste

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