quarta-feira, abril 26, 2017

ANENÓIA FERNANDES HOMEMAGEADA

ANENÓIA, EXEMPLO  DE  VIDA.
                                                                                Aos  98  anos




          A vitoriosa   Anenóia  teve   paciência  e   força  suficientes,  suportando  a  dor,  no  aguardo  do  18 de abril,  dia  da  Mãe Rainha,  de  quem  era  devota  fervorosa.   Neste dia,  ela  começou  a  caminhada  rumo  ao  Pai.
       
           Uma flor  morreu.  Foi  gerada  a  semente.  E depois  nasceu  a  árvore,  aqui  representada  por  seus  filhos,  netos,  bisnetos,  tataranetos,  genros e  noras,  aos  quais   nunca  faltou  com  o  amor  e  a  dedicação. 
        
         Anenóia,  a  velhinha  que  guardava  todos  os  papéis  que  encontrava  e,  lidos, neles escrevia “Este pertence  a Anenóia”.  Chegava a  ser  engraçada  e,  ao  mesmo  tempo,  interessante.  Para   ela  não  tinha  tempo  ruim,  nada  ruim; todo  mundo  era  bonito  e  se  não  fosse  bonito,  era  simpático.  Quem teve  o  prazer  de  com  ela  conviver,  sabe  a  mulher  de  coração  enorme  que  sempre  foi,  símbolo  da  humildade  que  todos  admiravam.  A velhinha  dos  cabelos  brancos,  com  seus  pra lá  de  cem  anos,  dizia  ter  apenas  15  e,  apesar  da  idade  avançada,  nunca  esqueceu  do  seu  Ideuzo”; o  seu  verdadeiro  amor.
        
           Caia – lhe muito  bem  o “fazer  o  bem  sem  escolher  a  quem  e  sem  excluir  ninguém”.  E assim foi  a  vida  de  Anenóia:  sempre  ligada  na  vontade  de  servir  e  fazer  o  bem.   Auxiliava àqueles  que  lhe  procuravam,  fosse  em  que  tempo  fosse,  de  dia  ou  de  noite. Era incansável.  Quando se  dirigia  aos  sítios  em  socorro  de  algum  doente,  fazia  o  atendimento  com  disposição  e  alegria.  O pagamento  vindo  do  agricultor  era  uma  galinha,  uma  cesta  de  ovos,  uma  penca  de  bananas,  umas  rapaduras,  a  farinha,  o feijão  maduro.
            
          Sua    em  Deus  permaneceu  firme  e  inabalável.  A  sua  devoção  não  esquecia  nunca.  Suas  ocupações  não  atrapalhavam  a  sua  missa  ou  a  sua  oração.   E  ela  orava  sempre.  E  orava  assim:  “Pai  Nosso,  que  estais  no  céu...”
         
          Sua  alegria  animava  e  contagiava  a  todos  nós.  Batalhadora  e  destemida,  enfrentava  todos  os  obstáculos  de  cabeça  erguida  e  não  recuava  diante  da  dificuldade  ou  da  dor.
       
       Anenóia  foi  firme,  muito  firme,  apesar  de  tudo  o  que  passou.  Nos dias  que  antecederam  a  sua  partida,  mesmo  com  o  corpo  franzino  e  fragilizado  pela  doença,  não  reclamava  nem  demonstrava  medo.

         Existe sim,  a  dor  da  perda;  existe  também  o  alívio  por  saber  que  Anenóia  não  passará  mais  por  nenhum  sofrimento  e,  certeza  é  que  permanecerá  em  nós,  pois  nos  olha  de  onde  está  na  companhia  luminosa  do  Pai.
Texto  baseado  em  escrito  de  Mércia  C. Fernandes

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