Os tabajaras nos tempos atuais
Os Tabajara
possuem uma história de sucessivas migrações, devido a constantes conflitos de
terras. Os Tabajara que vivem em Crateús são provenientes das serras vizinhas,
principalmente a serra da Ibiapaba, e tiveram que migrar para a periferia da
cidade, foragidos da opressão exercida pelos fazendeiros que invadiram suas
terras. Dividem-se em sete comunidades. Recentemente, um grupo de 15 (quinze)
famílias dos Lira, migrou para a cidade de Quiterianópolis, onde encontraram
melhores condições para viver, de acordo com seus costumes indígenas. Ficaram
conhecidos como os Tabajara de Fidélis. Nesta mesma cidade encontram-se mais 3
(três) comunidades Tabajara: Vila Nova, Croatá e Vila Alegre, todas na área
rural.
Em fevereiro
de 2004, os Tabajara de Crateús conseguiram, através de sua luta, retomar cerca
de 6.000 hectares de sua terras que ficam na serra da Ibiapaba. O local é
chamado de Nazário e lá estão residindo cerca de 10 famílias, entre Tabajara e
Kalabaça, enquanto aguardam a delimitação e demarcação da terra.
Em Monsenhor
Tabosa se encontra a comunidade Tabajara de Olho d`água de Canutos, há
4 km desta cidade. São 13 famílias residindo na região. Em 1973 a família
Canuto, liderada por Seu José Canuto, comprou 74 hectares de terras onde antes
viviam como moradores. Organizam-se através da Associação Unidos Venceremos do
Povo Tabajara de Olho D´água de Canutos, que se reúne no salão comunitário da
Escola Indígena da comunidade. Em Tamboril existe a comunidade Tabajara em
Grota Verde, à 35 quilômetros da cidade. São 25 famílias que se organizam
através de uma associação sob a liderança de Agno Tabajara. Atualmente, sofrem
constantes ameaças por parte de fazendeiros, fato que tem limitado suas ações
políticas.
Os tabajaras
de Poranga residem na Aldeia Imburana, que fica próxima à cidade e também na
Aldeia Cajueiro, distante 38 quilômetros de Imburana. Esta aldeia, de 4.400
hectares, foi fruto de uma retomada, sendo hoje habitada por 9 famílias, entre
Tabajara e Kalabaça e igualmente aguardam a regularização da terra indígena.
Entre suas
instituições, existem o Conselho Indígena dos Povos Tabajara e Kalabaça de
Poranga - CIPO, importante instrumento de organização e luta; a Associação de
Mulheres Indígenas Tabajara e Kalabaça (AMITK) e a Escola Diferenciada Indígena
de Poranga
Fonte: Wikipédia,
visita 26agos2015 15:51
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