quinta-feira, setembro 06, 2012

de VIEIRA sobre O JUMENTO, NOSSO IRMÃO.



O  JUMENTO  NOSSO  IRMÃO
                                   de  outro  Vieira

RELÓGIO  DE  POBRE

               “Outra  capacidade  atribuída  ao  jumento  é  a  de  marcar  as  horas  do  dia.  E  o  faz  com  tanta  perfeição  que  a  cousa  se  tornou  tão  popular  que,  quando  relincha,    é  habitual  todos  puxarem  o  relógio  e  fazerem  consulta  das  horas.(...).
               Não  foi  sem  razão  que,  em  tempos  idos  e  luzimentos  vividos,  a  Câmara  Municipal  de  Viçosa  do  Ceará  autorizava  ao  então  intendente  da  vila  comprar  um  jumento  para  marcar  as  horas.  O  fato  vem  publicado ,  com  destaque,  pela  “Tribuna  da  Ibiapaba”  de  22  de  maio  de  1956,  em  artigo  de  autoria  de  Hemetério  Pereira.  Em  carta  que  me  fez  o  mesmo  articulista,  em  13  de  março  de  1961,    o  nome  aos  burros.  “Foi – me  relatada  pelo  cel.  Pedro  Ferreira,  diz  o  missivista,  um  dos  estudiosos  dos  fatos  históricos   desta  região.  Quando  o  mesmo  vasculhava  o  arquivo  da  Prefeitura  de  Viçosa  do  Ceará,  à  cata  de  dados  relativos  a  Camarão,  encontrou  a  lei  em  que  a  Câmara  Municipal  daquela  vetusta  cidade  ibiapabana  autorizava  o  chefe  do  Executivo,  então  denominado  intendente,  a adquirir um  jumento  para  marcar  as  horas.”

Trecho  do  livro  O Jumento,  nosso  irmão,  do  também  Padre  Antonio  Vieira  que  teve,  pelo  texto  acima,  a  colaboração  de  ubajarenses,  como é  o  caso  de  Hemetério  Pereira  e  de  Antonio  Ribeiro  Neto.  Nos  agradecimentos,  Antonio  Vieira  diz  que  “o  livro  é  sertanejo.  Na  alma  e  no  corpo.  Por  dentro  e  por  fora”.   

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